Pouco mais de um ano após a primeira edição, o Blog Teoria dos Jogos orgulhosamente reedita sua iniciativa de maior sucesso. Trata-se do 2º Painel de percepção de mercado, prospecto do valor agregado à marca dos doze maiores clubes brasileiros com base nas opiniões de alguns dos mais renomados especialistas em gestão, marketing e mídia esportiva. Relembremos os critérios:
Sete parâmetros, para os quais sete especialistas atribuíram notas de 1 a 5:
*Exposição em mídia
*Poder de compra da torcida
*Potencial de crescimento (Em receitas e em tamanho da torcida)
*Penetração nacional
*Credibilidade institucional
*Resultados esportivos (Últimos 5 anos)
*Peso histórico (Tradição)
Antes dos resultados, clique aqui e veja como ficou o ranking de 2013. Para uma comparação mais fidedigna, optamos por modificar o mínimo possível os profissionais votantes. Foram eles:
AMIR SOMOGGI – Consultor de marketing e gestão esportiva;
DANIEL GAMBA - Especialista em logística esportiva, diretor da iSportsMarketing nos EUA e VP da Cartan Global;
FÁBIO KADOW – Publicitário, diretor da Agência Ideal e coordenador do curso Brandscore;
FERNANDO FLEURY – Professor de marketing esportivo e colunista da ESPN;
MAURO CEZAR PEREIRA – Jornalista e comentarista dos canais ESPN;
PEDRO TRENGROUSE – Coordenador de Projetos, FIFA Master / FGV;
RICARDO HINRICHSEN – Business Director da CSM Brasil.
Lembrando que o ordenamento acima é meramente alfabético, não sendo o mesmo apresentado dentro dos boxes a seguir. Trata-se de uma forma de preservar opiniões frente a leitores e relações dos profissionais com os clubes avaliados.
Parâmetro nº 1:
Nível de estabilidade: médio. Passível de modificações por conta de bons resultados.
Campeão mundial à época, o Corinthians liderava na exposição em mídia do Painel 2013, tendo atingido nota máxima. Por se tratar de um parâmetro de média estabilidade, maus resultados tiraram o clube da ponta, elevando o Flamengo à liderança. Curiosamente, a nota do rubro-negro (4,71) foi inferior ao 4,88 que assinalou ano passado. O alvinegro caiu para segundo, e só os dois assinalam nota acima de 4. Os títulos de Cruzeiro e Atlético fizeram com que os especialistas só os enxergassem atrás de São Paulo ePalmeiras. Assim como em 2013, a menor nota foi do Botafogo (2,57).
Parâmetro nº 2:
Campeão mundial à época, o Corinthians liderava na exposição em mídia do Painel 2013, tendo atingido nota máxima. Por se tratar de um parâmetro de média estabilidade, maus resultados tiraram o clube da ponta, elevando o Flamengo à liderança. Curiosamente, a nota do rubro-negro (4,71) foi inferior ao 4,88 que assinalou ano passado. O alvinegro caiu para segundo, e só os dois assinalam nota acima de 4. Os títulos de Cruzeiro e Atlético fizeram com que os especialistas só os enxergassem atrás de São Paulo ePalmeiras. Assim como em 2013, a menor nota foi do Botafogo (2,57).
Parâmetro nº 2:
Nível de estabilidade: alto. Modificações com mudanças macroeconômicas ou aumento da penetração nacional.
Apesar da excelente resposta dada pela torcida do Flamengo no que se refere ao projeto sócio-torcedor, o clube perdeu uma posição, caindo de segundo para terceiro no quesito. Os profissionais enxergaram um empate no poder de compra das torcidas de Corinthians e São Paulo (4,14). A nota rubro-negra foi a mesma de 2013 (4), assim como a valorizada quarta colocação do Grêmio (3,71). O nível de consumo desantistas (2,86) e botafoguenses (2,71) foi considerado o mais baixo.
Parâmetro nº 3:
Nível de estabilidade: médio. Passível de modificações pela combinação “bons resultados + exposição em mídia + surgimento de ídolos”.
Assim como em 2013, o Flamengo é o líder (4,43) com nota muito superior à concorrência. OCorinthians segue em segundo (3,57) e o Vasco é terceiro (3,43 - mesma nota do ano passado). É possível que a péssima situação cruzmaltina faça especialistas considerarem que o pior tenha passado, havendo margem para reverter a estagnação verificada no tamanho da torcida e nível de receitas. Em direção o oposta, o Santos desabou de 3º para 11º (nota 2,71), fenômeno que deve ser atribuído ao fim da “era Neymar” e às incertezas que rondam o balneário.
Parâmetro nº 4:
Nível de estabilidade: médio/alto. Caráter relativamente estático da configuração nacional de torcidas. Função do potencial de crescimento.
Como era de se esperar, o Flamengo é líder isolado (4,86), mesmo tendo deixado de receber uma nota máxima. Este ano os votantes colocaram o Vasco (4) à frente do Corinthians (3,86). O ordenamento remanescente tem poucas mudanças, incluindo a última colocação ocupada por equipes gaúchas e mineiras.
Parâmetro nº 5:
Apesar da excelente resposta dada pela torcida do Flamengo no que se refere ao projeto sócio-torcedor, o clube perdeu uma posição, caindo de segundo para terceiro no quesito. Os profissionais enxergaram um empate no poder de compra das torcidas de Corinthians e São Paulo (4,14). A nota rubro-negra foi a mesma de 2013 (4), assim como a valorizada quarta colocação do Grêmio (3,71). O nível de consumo desantistas (2,86) e botafoguenses (2,71) foi considerado o mais baixo.
Parâmetro nº 3:
Nível de estabilidade: médio. Passível de modificações pela combinação “bons resultados + exposição em mídia + surgimento de ídolos”.
Assim como em 2013, o Flamengo é o líder (4,43) com nota muito superior à concorrência. OCorinthians segue em segundo (3,57) e o Vasco é terceiro (3,43 - mesma nota do ano passado). É possível que a péssima situação cruzmaltina faça especialistas considerarem que o pior tenha passado, havendo margem para reverter a estagnação verificada no tamanho da torcida e nível de receitas. Em direção o oposta, o Santos desabou de 3º para 11º (nota 2,71), fenômeno que deve ser atribuído ao fim da “era Neymar” e às incertezas que rondam o balneário.
Parâmetro nº 4:
Nível de estabilidade: médio/alto. Caráter relativamente estático da configuração nacional de torcidas. Função do potencial de crescimento.
Como era de se esperar, o Flamengo é líder isolado (4,86), mesmo tendo deixado de receber uma nota máxima. Este ano os votantes colocaram o Vasco (4) à frente do Corinthians (3,86). O ordenamento remanescente tem poucas mudanças, incluindo a última colocação ocupada por equipes gaúchas e mineiras.
Parâmetro nº 5:
Nível de estabilidade: baixo. Mudanças de diretoria geram alterações significativas – para bem ou para mal.
Se uma diretoria que colhe péssimos resultados afugenta investidores, o oposto é ainda mais verdadeiro. Que o diga o Flamengo, antigo penúltimo: sua diretoria agora é enxergada como a terceira melhor entre os clubes brasileiros. A nota 3,57 o equipara a clubes de alta seriedade como São Paulo e Cruzeiro. Mas os melhores gestores se encontram no Rio Grande do Sul: tanto Grêmio quanto Internacional tiveram nota 3,71, justificando a quantidade de profissionais gaúchos que administram clubes de todas as regiões.Fluminense e Vasco (2,29) foram os piores.
Parâmetro nº 6:
Nível de estabilidade: baixo. Bons resultados recentes atraem holofotes e sobrepõem maus resultados pregressos – e vice versa.
Apesar do critério adotado pelo Blog contemplar resultados dos últimos cinco anos, os profissionais deixaram claro que vitórias recentes tem peso enorme em suas avaliações. Assim, os supercampeõesAtlético-MG (4,14) e Cruzeiro (4) lideram, enquanto o Flamengo, terceiro, equiparou-se ao próprioCorinthians (3,43), que vinha do ciclo mais virtuoso de sua história. A nota 1,71 do Vasco seria irônica se não fosse trágica – a pior de todo o Painel.
Parâmetro nº 7
Nível de estabilidade: alto. Grandes clubes são (e serão) grandes clubes.
Eis o último e mais polêmico quesito do Painel, onde os profissionais opinam quanto à relevância social e cultural, tradições e títulos num prazo superior a 5 anos. Flamengo e Corinthians ficaram empatados com nota 4,86, seguidos por Palmeiras (4,57), São Paulo e Santos (4,43), Vasco (4,14), Fluminense,Grêmio e Internacional (4), Botafogo e Cruzeiro (3,86) e Atlético-MG (3,71). Por se tratarem de critérios particulares, não há maiores comentários a tecer.
Diante do exposto, o resultado final do 2º Painel de percepção de mercado - Blog Teoria dos Jogos foi este:
Eis o último e mais polêmico quesito do Painel, onde os profissionais opinam quanto à relevância social e cultural, tradições e títulos num prazo superior a 5 anos. Flamengo e Corinthians ficaram empatados com nota 4,86, seguidos por Palmeiras (4,57), São Paulo e Santos (4,43), Vasco (4,14), Fluminense,Grêmio e Internacional (4), Botafogo e Cruzeiro (3,86) e Atlético-MG (3,71). Por se tratarem de critérios particulares, não há maiores comentários a tecer.
Diante do exposto, o resultado final do 2º Painel de percepção de mercado - Blog Teoria dos Jogos foi este:
O Flamengo é o novo líder, com nota final média 4,27 e diferença de 0,31 para o Corinthians, segunda marca mais valiosa (3,96). A diferença é ligeiramente superior à verificada em 2013, quando o ordem era inversa. O São Paulo foi o único a manter sua posição, consolidando-se como terceira marca do país (3,57). O resgate da dignidade palmeirense fez com que o clube galgasse da nona para a quarta posição (3,37). O maior salto foi do Cruzeiro, que saiu da 11º para quinto lugar (3,29).
O sexto foi o Grêmio (3,18), seguido pelo Santos (3,16) – outrora em quarto. O Galo saiu de último para sétimo (3,16), empatado com o alvinegro praiano. O Internacional foi a nono (3,08) havendo empate entreVasco e Fluminense no décimo posto (3,06). A propósito, vascaínos e tricolores tiveram a pior queda, pois apareceram em sexto e quinto ano passado. Por fim, o Botafogo (2,84) dá a entender que a liderança rubro-negra é uma ilha num contexto de pouco valor atribuído aos cariocas.
Não custa repetir que o ordenamento deve ser interpretado como o ranking das marcas mais valiosas do futebol brasileiro segundo percepção pontual dos especialistas. Já as notas seriam um número-índice da proporcionalidade entre os clubes. Sendo assim, um aporte hipotético de R$ 42,7 milhões ao Flamengo equivaleria ao valor de R$ 39,6 milhões pela camisa do Corinthians, R$ 35,7 milhões ao São Paulo e assim sucessivamente.
Paralelamente, para se descobrir quanto uma marca vale mais que a concorrente, basta fazer a divisão dos índices. Um exemplo: São Paulo (3,57) e Santos (3,16).
3,57/3,16 = 1,13 (valor 13% superior)
Portanto, um aporte hipotético de R$ 10 milhões ao Santos equivaleria à destinação de R$ 11,3 milhões ao São Paulo (10 x 1,13). O mesmo cálculo pode ser aplicado a qualquer dupla presente na relação. Trata-se de um contraponto ao famoso equívoco de que “uma torcida dez vezes maior deveria receber valores dez vezes superiores”. Tanto não funciona que a diferença do Flamengo (primeiro) para o Botafogo (último) é de apenas 50%.
O Blog Teoria dos Jogos agradece a todos os profissionais envolvidos, deixando desde já o convite para futuras participações. A proposta deste Painel é fazer uma captação anual dos humores do mercado, cumprindo ainda um papel didático no tocante à forma com que as marcas são enxergadas e avaliadas.
Um grande abraço e saudações!
E-mail da coluna: teoriadosjogos@globo.com
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