16 de mar. de 2014

Xerifão do Flamengo aos 19 anos, Samir curte boa fase e lembra início difícil: ‘Considero que fui enviado de Deus’

Samir, jovem destaque do time rubro-negro
Samir, jovem destaque do time rubro-negro Foto: Luiz Ackermann / Agência O Globo
Rafael Oliveira
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Assim como o terço tatuado na mão esquerda, Samir tem a vida dividida em contas. Ou etapas. Se hoje é um dos jogadores mais regulares do elenco do Flamengo, até chegar aqui teve que deixar muitos obstáculos para trás.
Da rejeição no Fluminense pelos quilos a mais às longas viagens diárias de São João de Meriti até Vargem Grande, a personalidade do jogador foi moldada pela adversidade. Basta uma conversa para identificar a maturidade que o ajuda a lidar com as responsabilidades que a função de zagueiro xerifão exige.
A gente ainda novo tem que mostrar para as pessoas por que veio ao mundo
Samir
— A gente ainda novo tem que mostrar para as pessoas por que veio ao mundo — discursa Samir, em uma frase que, ainda que possa parecer presunção, na verdade revela os calos que a vida lhe deu.
— Com 17 anos (hoje tem 19), saía de casa às 4h30m, minha mãe me deixava no portão e dizia: “Filho, vai com Deus”. E eu ia. Pegava a reta até o ponto e o trem até a Leopoldina. De lá, ia para a Gávea pegar o ônibus para vir para cá (Vargem Grande). A gente tem que usar isso como aprendizado.
Assim como as idas para o Ninho do Urubu, o ponto de partida da carreira também foi em São João de Meriti. Foi lá que Samir se destacou em uma escolinha do Fluminense e foi chamado para jogar em Xerém. Um período que durou cinco anos, até ser mandado embora pelo excesso de peso.
Samir está no Flamengo desde 2011
Samir está no Flamengo desde 2011 Foto: Luiz Ackermann / Agência O Globo
Para essa conta mais dura ficar para trás, Samir precisou da ajuda da mãe, Samara. Enquanto pensava em desistir da carreira, ela conseguiu para ele um teste no Audax, onde não demorou a se destacar. Dali, a carreira não sairia mais do eixo.
— Por ter vindo do Fluminense, era a grande promessa do Audax. E assumiu a responsabilidade — relembra Cléber dos Santos, seu técnico no clube da Baixada e que o levou para o Flamengo em 2011, quando o colocou para atuar como zagueiro (Samir era volante).
Samir anda com fé. E sabe onde quer chegar. Libertadores, seleção principal, Europa, objetivos não faltam. Mas com a mesma confiança que exibe na área tem a certeza de que vai alcançá-los.
— Eu considero que fui um enviado por Deus. Ele sempre me abençoa e me mostra o caminho certo.


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