A brincadeira de criança em colecionar objetos foi muito mais além do que imaginava o administrador e empresário Paulo Gini. Aos 36 anos, o empresário deixou de lado o hobby em guardar peças de futebol e tornou a atividade um emprego. Considerado um dos maiores colecionadores de peças relacionadas ao futebol, Gini já conseguiu reunir mais de 4.000 itens, entre camisas de ex-jogadores, medalhas, bolas, chuteiras, além de um material de multimídia como fotografias, vídeos e áudios de partidas de Copas do Mundo. A meta agora é ter a bola da decisão do Mundial do Brasil.
Paulo Gini coleciona camisas e objetos sobre futebol desde os três anos de idade (Foto: Jocaff Souza)
Enquanto a expectativa dos torcedores brasileiros é de que a seleção de Luiz Felipe Scolari possa conquistar o hexacampeonato mundial, cresce a ansiedade de Paulo Gini para saber qual peça poderá ser adquirida durante o Mundial. O colecionador enumera alguns itens e disse que já adquiriu ingressos para os mais diversos jogos, sempre com a intenção de levar alguma recordação das partidas.
- O povo brasileiro é exigente e outro 'Maracanaço' vai ser muito chato. Se não for o título... Nós temos grandes chances de conquistar o hexa e somos favoritos para a Copa. Espero guardar alguma coisa da final dessa Copa. Acho que seria um item interessante para a minha coleção a bola da final - concluiu.
O colecionador esteve em Natal para a abertura da exposição “Brasil: um país, um mundo”, aberta ao público nesta quarta-feira. A mostra apresenta um vasto acervo sobre o Mundial de seleções, como também apresenta fragmentos da história do futebol brasileiro, com camisas de clubes como Flamengo, Fluminense e Palmeiras.
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Paulo, que tem 36 anos, conta que começou a coleção com apenas três anos de idade, quando assistiu as primeiras partidas de futebol e ganhava as camisas, “sujas e suadas” que haviam sido usadas pelos jogadores. Depois vieram objetos como chaveiros, bolas e chuteiras.
- Comecei a colecionar pequenas coisas com apenas três anos de idade, indo nos jogos com a minha família, conseguindo algumas camisas de jogadores, tanto é que o acervo reúne um número grande de camisas usadas em jogos, que dá um pouco mais de 4.000 peças. Poder mostrar um pouco da minha coleção para o público é incrível - festeja.
Entre as peças do acervo, o colecionador guarda uma atenção especial a uma camisa usada pela seleção brasileira na final da Copa do Mundo de 1950, no jogo contra o Uruguai e que ficou marcado pelo “Maracanaço”, que resultou com a vitória da Celeste por 2 a 1. Segundo Paulo, o objeto é tratado com muito carinho, devido à alta importância para o futebol nacional.
Gini adquiriu a camisa do Brasil usada por Cafu na Copa do Mundo, em 2002 (Foto: Jocaff Souza)
- A camisa da final da Copa de 1950, que nós perdemos para o Uruguai, foi uma peça que eu fiquei 15 anos atrás dela. É a camisa que foi usada por Ademir Menezes na partida. Por ser branca, que era um uniforme antigo da seleção, foi a mais difícil. Acho que é o jogo que fez com que nós fôssemos 'penta', que deu maturidade para o futebol no Brasil - comenta.
A exposição “Brasil: um país, um mundo” vai percorrer as 12 cidades sede da Copa do Mundo, sendo três a cada 30 dias. Segundo Paulo Gini, o acervo completo precisou ser dividido em três partes para que houvesse tempo hábil para a mostra, como também disponibilizar o acesso a um público maior.
- Essa exposição vai acontecer nas 12 cidades sede, três por vez. Já passamos por Recife, estamos em Natal e Porto Alegre e depois iremos para Fortaleza. Nós dividimos o acervo relativo à Copa do Mundo em três, para cada parte estar em uma cidade ao mesmo tempo. Para mim, é incrível poder ter essa exposição e poder viajar com os ex-jogadores - ressalta.
A exposição “Brasil: um país, um mundo” apresenta fica aberta ao público na UnP da Avenida Engenheiro Roberto Freire, na zona Sul da capital potiguar, até o dia 4 de abril. A entrada é gratuita.
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