18 de mar. de 2014

Altitude? Fla evita dramatizar 3.600m de La Paz, e Hernane vê 'jogo da vida'

A altitude ainda causa temor nos clubes brasileiros. Embora não exista contestação sobre seus efeitos nos jogadores de futebol, só de pensar em jogar a milhares de metros acima do nível do mar já assusta quem não está habituado a esta realidade. O Flamengo vai ser o próximo a enfrentar esta adversidade, no entanto, falar menos sobre o assunto tem sido a ordem na preparação rubro-negra na Bolívia. A preocupação é evitar uma dramatização da situação que o time vai viver na quarta-feira, contra o Bolívar, em La Paz, a 3.600m acima do nível do mar. 
Renato Augusto, Real Potosí x Flamengo (Foto: Agência O Globo)Em 2007, o meia Renato Augusto precisou de balão de oxigênio à beira do campo em Potosí (Foto: Agência O Globo)
O Flamengo tem experiência no assunto e ficou marcado por imagens de 2007, nos mais de 4 mil metros de altitude em Potosí, quando alguns jogadores foram à beira do campo para respirar em um balão de oxigênio durante o empate por 2 a 2 contra o time da casa na Libertadores. Mas aquelas cenas não estão previstas no roteiro rubro-negro. O grupo vem tratando o confronto com o Bolívar como um jogo importante, mas não um desafio de proporções que vão além do campo. EHernane se mostrou confiante para voltar ao Brasil ao menos com um ponto conquistado.

- Vou encarar como o jogo da vida. Acho que, no ruim, vai ser empate. Mas o Flamengo foca sempre na conquista dos três pontos. Existe uma pressão pela importância da partida, não tem que ficar pensando na altitude, mas em estar pronto para vencer as dificuldades e o jogo. 
Vou encarar como o jogo da vida. Acho que, no ruim, vai ser empate. Existe uma pressão pela importância da partida, não tem que ficar pensando na altitude, as em estar pronto para vencer as dificuldades e o jogo"
Hernane, atacante do Flamengo
O Flamengo teve outros confrontos na altitude em jogos da Libertadores. Um deles, justamente contra o Bolívar, em 1983, quando perdeu por 3 a 1 em La Paz. Na época, as dificuldades do ar rarefeito afligiam mais os clubes. Além do jogo de 2007, houve outro confronto com o Real Potosí, que terminou 2 a 1 para o clube boliviano, em 2012. Por fim, em 2008, vitória rubro-negra por 3 a 0 sobre o Cienciano, em Cuzco, no Peru.

- Acho que os fatores sempre vão estar lá. Mas a equipe deles demonstrou força no Maracanã. Em muitos momentos, não conseguimos impor o nosso ritmo. Temos que ter tranquilidade. O importante é a cabeça boa para jogar esse jogo, um dos mais importantes da temporada - comentou Carlos Eduardo, que será titular na vaga de Elano, machucado.

Na comissão técnica, o preparador físico Joelton Urtiga vem fazendo um trabalho específico para esse jogo. Porém, sem chamar a atenção dos jogadores para o caso. Cilindros de oxigênio estão na bagagem do Flamengo, mas não estarão à mostra, justamente para evitar uma predisposição a qualquer sintoma.

O Flamengo precisa pontuar em La Paz para se manter na briga pela classificação para as oitavas de final. O time tem quatro pontos, em segundo lugar no Grupo 7 da Libertadores. O líder é o Emelec, do Equador, com seis. O Léon, do México, com quatro, e o Bolívar, com dois, completam a chave.

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