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A cabeça do Chelsea estava no Benfica e na final da Liga Europa, mas, para um jogador dos Blues, a partida contra o Aston Villa neste sábado foi uma das mais importantes de sua carreira. Ao marcar duas vezes na vitória por 2 a 1 sobre os Villains, fora de casa, pela 37ª rodada do Campeonato Inglês, o meia Frank Lampard tornou-se o maior artilheiro da história do clube londrino, balançando as redes 203 vezes.
Com os gols feitos, Lampard superou a marca de Bobby Trambling, atacante que defendeu o Chelsea entre 1959 e 1970 e anotou 202 vezes. O meia, que ainda não renovou contrato para a próxima temporada, ainda tem duas partidas para aumentar a vantagem: a final da Liga Europa, contra o Benfica, na próxima quarta-feira, e o duelo com o Everton, daqui a uma semana, na última rodada do Campeonato Inglês.
Além da marca histórica de Lampard, o resultado praticamente garantiu o Chelsea na Liga dos Campeões. Os Blues chegaram a 72 pontos, aumentando para seis a vantagem sobre o quinto colocado Tottenham, que tem uma partida a menos, mas um saldo de gols muito desfavorável. Por outro lado, os Blues devem perder John Terry para a decisão da Liga Europa: o zagueiro deixou o gramado no segundo tempo após machucar o joelho esquerdo de forma aparentemente grave.
Para o Aston Villa, o placar foi frustrante devido ao domínio em boa parte do confronto. Uma vitória livraria os Villains do rebaixamento, embora o time ainda possa se salvar nesta rodada, caso o Wigan perca para o Arsenal na terça-feira. A vantagem em relação aos Latics segue sendo de cinco pontos.
Chelsea começa em marcha lenta
Precisando da vitória para se livrar definitivamente do rebaixamento, o Aston Villa começou a partida mais ligado que o Chelsea, que parecia se poupar, pensando no duelo com o Benfica - David Luiz e Oscar, por exemplo, ficaram no banco de reservas. Como resultado destas duas posturas opostas, os donos da casa abriram o placar cedo, logo aos 14 minutos, quando Benteke arrancou livre pelo meio, passou como quis por Cahill e tocou no canto direito de Cech.
Nem mesmo a desvantagem fez os Blues acordarem na partida. A única chance de perigo da equipe foi em uma cobrança de falta de Lampard, em que Guzan não conseguiu segurar e viu a bola bater na trave na seqüência. No mais, pouca criatividade por parte dos visitantes, enquanto o Villa apostava na correria, mas também não ameaçava muito.
Ramires é expulso
Para piorar a situação do Chelsea, o time ficou com um jogador ao menos no fim do primeiro tempo. Aos 44 minutos, Ramires levou o segundo cartão amarelo após levantar demais o pé em uma disputa com Agbonlahor. No intervalo, David Luiz substituiu Moses e recompôs o meio de campo dos Blues.
Mesmo com o zagueiro brasileiro atuando como volante, o panorama não mudou no início da segunda etapa. Inofensivo e em desvantagem numérica, o Chelsea via o Aston Villa assustar nos contra-ataques. Primeiro, Agbonlahor avançou pela esquerda e chutou de canhota, mas mandou para fora. Depois, Weimann recebeu pela direita, mas furou na hora de finalizar.
Lampard entra para a história
De repente, porém, houve esperança para o Chelsea. Aos 12 minutos, em disputa aérea com Terry, o atacante Benteke, principal destaque do Villa, foi expulso. Três minutos depois, Lampard apareceu. O veterano recebeu na entrada da área e acertou um belo chute de canhota, sem chance para Guzan, para deixar tudo igual.
O gol pareceu abalar o Villa, que, sem sua referência no ataque, perdeu volume ofensivo. O Chelsea, por sua vez, passou a rondar mais a área adversária, mas ainda sem criatividade. Na melhor chance, Cahill, após cobrança de escanteio, finalizou dentro da área. Sylla tirou em cima da linha, e no rebote, Demba Ba dividiu com Westwood, que afastou o perigo. As imagens da televisão, porém, mostraram que a bola havia entrado.
Após um longo tempo com o jogo paralisado por conta da lesão de Terry, que se chocou com Baker numa cobrança de escanteio e teve de sair de maca por conta da lesão no joelho esquerdo, a partida voltou num ritmo morno, com as duas equipes parecendo satisfeitas com o empate. Lampard, porém, ainda tinha um último truque na manga.
Aos 43 minutos, Hazard tabelou pela esquerda, invadiu a área e cruzou rasteiro para o meia, que surgiu na pequena área como um autêntico centroavante, empurrando a bola para o fundo das redes e cravando de vez seu nome na história do Chelsea.
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