O Fluminense voltou a encontrar a derrota em visita ao Equador pela Taça Libertadores. Superado pela LDU, de Quito, no primeiro jogo da final de 2008 (4 a 2, e os equatorianos acabaram campeões), o Tricolor sucumbiu nesta quinta-feira diante do Emelec. No estádio George Capwell, em Guayaquil, os donos da casa venceram por 2 a 1. O placar foi construído com um gol contra de Leandro Euzébio e um pênalti polêmico, assinalado pelo árbitro colombiano Wilmar Roldán e convertido por Gaibor. Mas o belo gol de Wagner dá esperança ao Tricolor para a partida de volta.
Fluminense e Emelec voltam a campo na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), ainda sem local definido - São Januário é o provável palco para receber a partida. Os equatorianos jogam pelo empate, enquanto o Tricolor se classifica com 1 a 0, mas ratifica mesmo a vaga com vitória por dois ou mais gols de diferença. Se devolver o 2 a 1, a decisão vai para os pênaltis. Qualquer triunfo por um gol de diferença a partir de 3 a 2 favorece o adversário.
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- Poderíamos ter saído com um resultado melhor. Só ele viu o pênalti. Não tem o que explicar. O cara se jogou, e o juiz deu pênalti. Foi um lance normal de jogo - explicou Carlinhos, pivô do lance mais polêmico da partida.
Antes de decidir a vida na Libertadores, porém, o Flu volta a campo para a final da Taça Rio contra o Botafogo, domingo, às 16h (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. E só a vitória interessa no confronto, já que a vantagem do empate é do adversário, que possui a melhor campanha e pode conquistar o Campeonato Carioca sem a necessidade de dois jogos finais.
Com gol à la TN10, Wagner alivia falha de Euzébio
A altitude não estava presente desta vez (Guayaquil fica ao nível do mar, ao contrário de Quito, casa da LDU, que fica a 2.800 metros), mas esqueceram de avisar aos jogadores do Fluminense. Ao soar do apito, os tricolores só correram atrás dos equatorianos e não viram a cor da bola. Foram dez minutos de pressão do Emelec, com direito a bola no travessão e tudo do perigoso meia argentino Mondaini, ex-Boca Juniors, da Argentina. O Flu sequer conseguia passar do meio de campo. Mas a sorte acabou ajudando. Numa defesa difícil, Cavalieri se chocou com a trave e acabou soltando a rede lateral. A pausa para ajeitar o gol era tudo que os brasileiros queriam. Esfriada a pressão, o Tricolor conseguiu subir ao ataque pela primeira vez aos 11 minutos. Podia mais. Abel inverteu Rhayner com Wellington Nem, e o Flu cresceu.
Em cobrança de falta aos 23 minutos, com a ajuda da barreira amiga dos companheiros, Wagner quase surpreenseu Dreer. Mas o goleiro defendeu no susto, e a bola ainda foi na trave. O Tricolor só não contava com o fogo amigo. O jovem lateral Vera, de 17 anos, cruzou na área, e Leandro Euzébio falhou ao tentar o corte, marcando contra aos 32. Do outro lado, o Fluminense quase empatou também numa falha, só que de Narváez. O inseguro zagueiro cortou mal um cruzamento, Nem pegou a sobra e soltou a bomba no meio do gol, facilitando a vida de Dreer. Thiago Neves foi para o aquecimento, mas nem precisou entrar. No campo, Wagner fez as vezes do camisa 10: num chutaço no ângulo, marcou um golaço que lembrou o do meia contra o Volta Redonda, no último domingo. Jogo empatado aos 43. Nervoso, Abel sequer comemorou.
Pênalti polêmico dá vitória ao Emelec
O gol no fim do primeiro tempo elevou o moral do Flu, que voltou ligado para a etapa final e inverteu as situações. O Emelec é que passou a correr atrás da bola. Insatisfeito, o técnico Gustavo Quinteros não titubeou ao ter que substituir Giménez, que sentiu um problema muscular. Colocou o time para frente com a entrada do atacante Caicedo para fazer dupla com De Jesus. Mas um perde e ganha de bola no meio de campo deixou as chances de gol escassas dos dois lados. Abel também resolveu mudar: trocou um participativo - mas pouco efetivo - Rhayner por Thiago Neves, e um discreto Wagner no segundo tempo por Felipe. O meia voltou a jogar na cidade onde foi campeão da Libertadores em 1998, pelo Vasco, contra o Barcelona local. Mas o retorno foi sem glamour.
Mondaini continuou o mais perigoso em campo, e só não virou herói porque Cavalieri não deixou. O jogo virou xadrez e perdeu muito em emoção com as constantes trocas de peças. O Fluminense mexeu mais uma vez, com Samuel na vaga de Wellington Nem, e o Emelec, mais duas vezes: repôs o ataque - Angulo no lugar de De Jesus - e o meio de campo - Gaibor substituiu Corozo. De todos, Gaibor foi quem mudou o placar num pênalti polêmico marcado pelo árbitro colombiano. Carlinhos mal tocou o adversário, que desabou na área. Na cobrança, o meia acertou o cantinho de Cavalieri e deu a vitória ao Emelec.
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