Mulambada, me desculpem a brevidade. Mas a motivação é zero pra escrever um pós-jogo. Não que Fla x Duque tenha sido técnica ou animicamente inferior às peladas que o precederam no carioqueta. Era só mais um jogo sem muita importância de um campeonato de desimportância análoga. Da mesma forma que não nos permitimos grandes fanfarronices após as duas vitórias do time B/C, não podemos arrancar os cabelos depois do empate exótico de ontem. E o 2 x 2 foi muito mais animado que os jogos anteriores do Mengão.
O simples fato do Flamengo ter ficado atrás no placar durante boa parte do jogo provocou, além do emputecimento que é de rigor nessas situações, incerteza e preocupação. Aquele perrenguinho gostoso, familiar, mais próximo da sensação provocada pelo sapato apertado do que a da provocada pelo espinho na carne. Perrengue que é parte indissociável da arte de ser rubro-negro e do qual mais cedo ou mais tarde todos sentimos saudade. Como se sabe, ninguém escolhe um time para torcer pensando em se divertir. Pelo menos não o tempo todo.
O empate é um resultado naturalmente sem graça e perder o aproveitamento de 100% logo na terceira rodada não é a coisa mais bacana do mundo. Mas também não arranca pedaço e não muda absolutamente nada no que entendo serem as nossas chances nas competições em que estamos metidos. Ficar no G4 ao fim de 15 rodadas do carioqueta e no G16 após 6 rodadas da Liberta não são os 12 Trabalhos de Hércules, mas se der mole o sapo engole. Isso todo mundo já sabe. Por isso é justo que louvemos o poder de reação dos nossos mulambos, que em épocas pretéritas, mas não tão distantes, eram aparentememte incapazes de correr atrás de um preju de dois gols.
O Flamengo entrou meio devagar no jogo e, na minha opinião, cansou rápido e não soube sair da marcação dos caras. Mas imagino que no Maracanã a temperatura fosse menos amena do que na sala onde assisti ao jogo e fiz essas análises escarrapachado no sofá, com o pé na mesa e o ar condicionado no talo. Vi que o Duque deu uma canseira na gente e se não fossem as mexidas que o Jayme fez talvez a maionese tivesse desandado.
Mas estava ansioso pra ver o Flamengo que vai jogar a Libertadores em campo. Não que esperasse grandes apresentações, pelo contrário. Primeiro jogo do ano é sempre meio esquisito. Mas acho importante que os caras joguem, peguem ritmo, se entendam com os recém chegados. E, principalmente, que voltem a lidar com a pressão do jogo valendo, mesmo que valha pouca coisa. Acabaram as férias e a rapaziada tem que se ligar no serviço. Cadu, essa última indireta foi pra você, ok, amigo?
Umas derradeiras observações antes de me retirar para o sossego do meu lar.
* Menos de 10 mil pagantes no Maraca. Carioca é sucesso de público e de crítica.
* Felipe deu mole no golaço dos caras.
* Léo Moura tá inteirão, chegou bem no ataque várias vezes.
* Elano estreou bem, com bola no trave e tudo. Pode dar um caldo.
* Gabriel funciona melhor em pequenas dosagens.
* Gol de Alecsandro, jogador que jamais deveria ter pisado na Gávea, foi um tapa
na cara de muita gente. Bem feito, bocudos.
na cara de muita gente. Bem feito, bocudos.
* Durante o jogo pensei numa manchete escrota: Flamengo repete o erro, escala
André Santos e salva o Flor do rebaixamento.
André Santos e salva o Flor do rebaixamento.
* Preocupado com o jejum do Brocador, há quase dois meses sem fazer gol no Maracanã.
Mengão Sempre
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Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo nosócio torcedor.
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