Olívia e Olivinha após partida do Flamengo no NBB
(Foto: Fabio Leme)
(Foto: Fabio Leme)
Entre todos os torcedores do Flamengo que foram conferir a décima vitória seguida do time no NBB, na noite de segunda-feira, no Tijuca, cinco eram especiais para Olivinha. Isto porque há um ano que o ala-pivô rubro-negro não conseguia juntar todos para assistirem a uma partida sua. O motivo: a distância do irmão e amigo Olívia, ex-jogador do clube da Gávea.
Morando em Joinville sozinho, o irmão mais velho da família não vinha até a Cidade Maravilhosa por causa de seu projeto social para crianças entre 8 e 12 anos, que sonham jogar basquete. De férias, Olívia resolveu trocar o WhatsApp e o Skype calor humano e aproveitou para conferir como anda o caçula in loco.
- Eu sou suspeito para falar dele, pois é o meu irmão, mas nos últimos quatro, cinco anos, ele vem mantendo uma regularidade tremenda, e eu fico impressionado com isso, como ele está se mantendo no topo. Em qualquer esporte é normal você ter quedas e ele não está tendo – elogiou.
O bicampeão carioca de 2005/2006 ressaltou que passa algumas orientações ao irmão mesmo não podendo ver todas as partidas. A principal delas é quanto ao primeiro objetivo de Olivinha dentro do jogo.
- Mesmo com a distância, a gente conversa bastante. Eu dou uns toques nele, não sou muito crítico, mas digo sempre que o que ele sabe fazer é pegar rebote, o lixeiro, como nós costumamos chamar no basquete. Se ele começa por ali, a pontuação vem naturalmente. Pegando rebotes, ele ganha moral no jogo – explicou.
Olivinha e família: a sobrinha Letícia; a mãe, Geilda; a sobrinha Luanna; o pai, José Carlos; e o irmão, Olívia
(Foto: Fabio Leme)
(Foto: Fabio Leme)
Depois de mais de 20 anos de carreira e times importantes no currículo como o Sírio, de São Paulo, o Corinthians e o próprio Flamengo, além da seleção brasileira, Olívia foi tentar uma última cartada no Joinville, mas a ausência do clube no NBB fez o atleta optar por parar. Longe do seu habitat natural, ele não esconde a saudade que tem do convívio com o basquete.
- É horrível, muito difícil mesmo, pois estive dentro disso durante muito tempo e perto da família. Mas a vida me levou para lá e hoje ajudo a estas crianças – confessou.
Mesmo entre uma gozação e outra por causa da sua roupa pós-jogo e da lembrança de um tênis de um pé preto e outro branco, dos tempos em que jogava no Mogi, Olivinha achou uma brecha para expressar sua felicidade ao estar com o seu irmão, seu pai, sua mãe e as suas duas sobrinhas.
- Para mim, é sempre uma alegria poder ver meus familiares na arquibancada torcendo por mim e, hoje (ontem) meu irmão estava lá. Então, foi um momento especial. No início, eu que ficava na arquibancada vendo os jogos dele e, hoje, a situação se inverteu. Fiquei muito feliz quando vi o meu irmão torcendo por mim na arquibancada – declarou o jogador, que fez 13 pontos e pegou nove rebotes, na vitória por 90 a 73 diante do Espírito Santo, quase colocando mais um duplo-duplo na sua coleção.
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