- vaiadoCarlos EduardoO meia teve seu nome vaiado ao aparecer no placar. Fez boa partida, sobretudo no primeiro tempo, mas não adiantou: ouviu vaias ao ser substituído.
- participativoEmersonO atacante do Timão deu trabalho ao ex-time. Caiu pelos lados, foi quem mais finalizou no jogo (quatro) e também quem mais sofreu faltas (cinco).
- estatísticamarcaçãoO Flamengo, ainda com interesse em jogo, teve número bem superior ao do Corinthians em roubadas de bola (17 contra oito) e desarmes (32 contra 11).
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O Flamengo fez o dever de casa no Maracanã, conseguiu o mínimo para vencer o Corinthians por 1 a 0 e praticamente afastou qualquer ameaça de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Atuou com a maioria de seus titulares e conseguiu um gol com Paulinho em chute de fora da área, no primeiro tempo, chegando aos 48 pontos. O Timão, que já não tinha maiores aspirações na competição, segue com 49. Apesar da chuva no Rio, a torcida compareceu em bom número 23.284 pagantes (com renda de R$ 1.014.390) no aquecimento para a final da Copa do Brasil na quarta-feira.
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O Flamengo, agora em situação cômoda no nacional, volta suas atenções totalmente para a final da Copa do Brasil. Depois do empate no jogo de ida por 1 a 1, enfrenta o Atlético-PR no Maracanã, na quarta-feira. No próximo domingo, pelo Brasileiro, visita o Vitória em Salvador. O Corinthians recebe o Inter no Pacaembu no sábado à noite.
- A vitória serviu para dar confiança e tirar qualquer chance de as pessoas falarem da gente. Vencemos na hora certa, quando precisou, e agora é descansar para a decisão. Tenho certeza que o Maracanã estará lotado com essa torcida que nos apoiou muito hoje também - comentou Elias.
Disputado quase o tempo todo em gramado pesado pela chuva que caiu no Rio durante a tarde, o jogo surpreendeu pela intensa movimentação dos times, que procuraram o ataque a todo momento nos 45 minutos iniciais. O número de conclusões a gol, no entanto, foi baixo: seis para cada lado. Após o intervalo, o ritmo caiu, assim como o número de finalizações: cinco para paulistas e três para cariocas. O Corinthians segue com sua baixa produtividade no segundo turno. Agora em 17 partidas, são apenas oito gols marcados, com o pior ataque.
- Buscamos um pouco mais, principalmente no segundo tempo, e criamos muitas chances. A bola não entrou. Claro que estamos frustrados pelo segundo semestre, mas isso não influenciou no nosso rendimento e buscamos até o fim. Temos mais dois jogos e queremos buscar mais duas vitórias - afirmou Renato Augusto.
Paulinho faz o gol do Flamengo contra o Corinthians no Maracanã (Foto: Pedro Kirilos / Agência O Globo)
Timão no toque de bola, Fla na velocidade
Sem o volante Luiz Antonio, suspenso, Jayme de Almeida optou por uma formação mais ofensiva no Flamengo com a entrada de Gabriel. Ele atuou mais centralizado, permitindo que Elias voltasse à sua posição de origem, como segundo homem de meio-campo. Paulinho e Carlos Eduardo atuaram abertos pelas pontas, o primeiro pela esquerda e o segundo pela direita, para facilitar o corte para o meio e a finalização rápida. Foi assim que o Rubro-Negro chegou ao gol. Paulinho recebeu na lateral, avançou em diagonal, não recebeu o combate de Guilherme e acertou um chute forte e colocado, que Walter não conseguiu espalmar.
No Corinthians, Romarinho e Sheik foram os que mais deram trabalho. Em constante movimentação, o segundo apareceu em todos os setores do ataque e perdeu boa chance na frente de Felipe. Romarinho se aproveitou dos espaços abertos pelo companheiro e também ameaçou. Danilo, deslocado para a ponta, deixou Renato Augusto com a missão de penetrar pelo meio.
O Timão ditou o ritmo do primeiro tempo, com 64% de posse de bola, mas o Rubro-Negro era perigoso nos contragolpes, em velocidade. Foram alguns bons ataques que pararam nos erros de passe, no último toque. Em mais uma jogada que saiu da ponta para o meio, Carlos Eduardo acertou a trave. A primeira etapa ficou marcada também por duas disputas pelo alto que acabaram desfalcando os times. O volante Guilherme, do time paulista, levou a pior numa jogada com Elias e deixou o jogo, com sangramento no nariz, e o volante Amaral sentiu um problema nas costas em lance com Romarinho e foi substituído no intervalo.
Mudanças táticas
O panorama do jogo seguiu semelhante no início da etapa final: Corinthians com a bola, e Fla em velocidade. Nos primeiros dez minutos, no entanto, o que chamou mais a atenção foi a atuação do auxiliar Luiz Claudio Rodrigues da Costa (AM), que errou ao marcar impedimento em dois lances claros, um de Hernane na frente de Walter, e outro de Carlos Eduardo, que entrava livre em jogada rápida. Tite resolveu então mudar um pouco a estratégia e lançou Pato no lugar de Romarinho. Assim, o centroavante ficou mais fixo ao lado de Sheik, e Danilo e Renato Augusto se posicionaram nas laterais.
Jayme respondeu com a entrada do volante Val no lugar do meia Gabriel, para reforçar a marcação, e também lançou Adryan, sacando Carlos Eduardo, que fez boa partida, mas ainda assim saiu sob vaias da torcida mais uma vez. O jovem rubro-negro teve uma boa chance para matar o jogo, mas o passe quase na pequena área não chegou a Hernane. Walter interceptou. Tite foi para o tudo ou nada e sacou Igor para colocar Danilo. Caiu nos pés de Pato a oportunidade do empate, mas Wallace chegou de forma precisa no bloqueio, no último instante, para evitar o gol. Já de olho na final, o Flamengo diminuiu o ritmo do jogo e passou a administrar o resultado, garantido por duas defesas de Felipe no fim.
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