18 de nov. de 2011

Patricia abraça R10 e diz que astro não era obrigado a fazer marketing

A presidente Patricia Amorim esteve na tarde desta sexta-feira no hotel em que o Flamengo costuma se concentrar, na Barra da Tijuca. No saguão, encontrou Ronaldinho Gaúcho e deu um forte abraço no jogador, que seguia para a viagem a Goiânia. Apesar do mal-estar causado pelo fato de o astro não ter vestido uma camisa promocional antes do jogo contra o Figueirense, a dirigente garante que a relação com seu principal jogador não está abalada.
- Você está bem? - indagou Patricia no abraço.
- Estou - respondeu Ronaldinho.
- Ah, então também estou bem - completou a presidente.
Patricia disse que Ronaldinho não era obrigado a participar da ação de marketing bolada pelo patrocinador principal do clube.
- Era uma homenagem (pelos 30 anos do título mundial). Fui ao vestiário tranquilamente e deixei os jogadores à vontade para usar ou não a camisa. O Ronaldinho nesse ponto é diferente, tem uma outra visão. Era uma decisão pessoal. Claro que seria importante que ele usasse, mas não era uma obrigação. Talvez não tenha ficado à vontade para usar por haver uma turbulência - disse, numa referência aos três meses de salários atrasados do jogador (cerca de R$ 2 milhões).
Patricia também negou preocupação com uma possível saída de Ronaldinho. O jogador está sem receber a parte salarial que cabe à Traffic, parceira do Flamengo na contratação do camisa 10, pois as partes ainda discutem o formato do contrato que será assinado. O impasse continua, e o Panathinaikos surge como interessado em tirar R10 da Gávea.
- Eu ouço todas as propostas. Como presidente do Flamengo, eu tenho obrigação de ouvir tudo. Mas nós trabalhamos para que ele fique. Trouxemos o Ronaldinho e queremos que ele permaneça aqui. Ele tem contrato (até o fim de 2014). Não é apenas um jogador de futebol, é muito mais. Me incomoda o fato de ele não estar recebendo, isso me incomoda. Tenho participado de todas as reuniões, estou acompanhando. Acho que estão supervalorizando. O Ronaldinho é jogador do Flamengo e tem cumprido todas as obrigações. Mas não falo sobre nada disso com ele. Se tenho de falar, ligo para o Assis (irmão e empresário do jogador). Neste momento não cabe falar sobre isso. Quando acabar o campeonato, eu sento no dia 5 (de dezembro) e falo sobre todos os problemas.
A presidente disse ainda que, se o Flamengo se mantiver no G-5, não há motivo para lamentações no fim do ano.
- Chegar na Libertadores é motivo de orgulho. Claro que como torcedora quero que o Flamengo sempre vença. Mas o ano não pode ser considerado uma decepção. Revelamos uma geração com muita competência. Acho que o torcedor deve fazer essa análise também.
Já se o Flamengo não for para a Libertadores, Patricia admite que será um duro golpe.
- Não é determinante, mas a Libertadores proporciona uma outra realidade para o clube contratar e manter jogadores, para patrocínios. É um plus.
Neste domingo, o Rubro-Negro enfrenta o Atlético-GO, no Serra Dourada, às 17h (de Brasília). O time de Vanderlei Luxemburgo está em quinto, com 56 pontos.

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