A imagem chamou a atenção e é significativa. Na comemoração do terceiro e do quarto gols do Flamengo na vitória sobre o Cruzeiro, neste domingo, no Engenhão, enquanto Ronaldinho e Thiago Neves dançavam na bandeirinha de escanteio, Thomás e Muralha, a nova geração rubro-negra, festejavam abraçados e aos pulos do outro lado do gramado. Só os dois. O volante, que substituíra Maldonado no intervalo, tornou a saída de bola muito mais veloz e deu as duas assistências para o camisa 7. Uma delas após passe de Thomás, que assim como na partida contra o Grêmio, não se intimidou e perturbou os marcadores com dribles e arrancadas.
- O Muralha é um grande amigo, de bastante tempo, há mais de cinco anos. Fico feliz por ele, e ele feliz com o que estou vivendo. Comemoramos juntos. A felicidade de um é a felicidade do outro – disse Thomás.
Titular pela segunda vez seguida, o camisa 25 ainda tenta se acostumar com a novidade. O jogo contra o Cruzeiro foi apenas o quinto dele como profissional. Na saída do Engenhão, se viu cercado por torcedores com pedidos de fotos e autógrafos.
Ainda não me acostumei (risos), é uma novidade para mim que estou começando, mas é bem gostoso esse assédio, o reconhecimento de todo mundo. Na verdade, nem sei se sou titular ainda, a ficha ainda não caiu. Mas aos poucos vai cair.
Muralha está no grupo principal há mais tempo e participou da campanha do título carioca. Decisivo na goleada sobre os mineiros, fez a 13ª partida dele na temporada. Desde a promoção para o time de cima, foi titular três vezes. Mas não tem pressa.
- Estou novo, 18 anos ainda, tenho que esperar o momento certo de entrar no time titular. O importante foi a vitória. O professor (Vanderlei Luxemburgo) pediu para eu ficar ligado, para prestar atenção no jogo que eu ia entrar. Tive a felicidade de dar os dois passes e de o time ter saído com a vitória. Em toda partida tenho que entrar, marcar presença, chegar na frente, marcar, fazer o que eu sei.
Thomás e Muralha foram campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior no início do ano. O entrosamento, segundo eles, está em dia e cada vez melhor.
- A nossa amizade vem desde pequeno, desde o salão. O Thomás me deu o passe e fiz a assistência para o Thiago (Neves). Acontecia direto na base, só que eu dava o passe para ele fazer os gols (risos). É diferente jogar no time de cima, a pressão é maior, tem torcida. Mas temos de estar preparados para fazer o melhor – comentou Muralha.
Pouco a pouco, a dupla começa a mostrar que a geração é talentosa e promissora.
- Fomos campeões da Taça São Paulo e conseguimos espaço no profissional. Thomás, eu, o Lorran já fez parte também, o Luiz Antonio, que se recupera de lesão (operou os dois ombros e só volta em 2012). A base vem como força total.
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