Sete integrantes de três torcidas organizadas do Flamengo chegaram ao Centro de Treinamento no fim da manhã desta quarta-feira e pediram uma reunião com o elenco. Depois de mais de uma hora de negociações, o diretor-executivo Luiz Augusto Veloso foi até a entrada do CT e liberou o acesso dos torcedores. O único impedido de entrar foi José Carlos Peruano, conselheiro do clube, punido recentemente pela diretoria por agredir o blogueiro Arthur Muhlemberg no lançamento do terceiro uniforme rubro-negro.
Os torcedores se mostram indignados com a declaração de Alex Silva ao fim do empate em 0 a 0 com o Atlético-GO no último domingo. Na ocasião, o zagueiro disse que a torcida não tinha que vaiar, já que o Flamengo "desde o início brigou entre os seis primeiros".
A imprensa não teve acesso ao encontro, mas, segundo os envolvidos, Alex Silva tomou a iniciativa de conversar com os torcedores. Ele foi o único ter contato com os integrantes de facções. O grupo disse que o zagueiro pediu desculpas. Em coletiva na última terça, no entanto, Alex Silva afirmou que não se arrepende da declaração.
- Não falei nada de mais. Só acho que não deve vaiar. Ano passado, quando o time estava lutando para não cair, eles apoiaram. Por que agora é o contrário?! Foi um desabafo, não foi maneira de hostilizar. Se alguém se sentiu ofendido, peço desculpa - comentou na ocasião.
Negociação tensa
Os torcedores saíram do Ninho satisfeitos, mas os ânimos demoraram a ser acalmados. Antes da liberação de Veloso, o vice-presidente de relações externas do Flamengo, Walter Oaquim, foi até o grupo e disse que alguns jogadores iriam sair do CT para falar com os torcerdores. Um dos integrantes respondeu:
- Não. Queremos ir lá dentro.
Na saída, Oaquim fez piada com o episódio:
- Entre mortos e feridos, salvaram-se todos.
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