A frase de Lionel Messi, publicada em uma rede social nesta segunda-feira, exemplifica a rigidez da Argentina na sua concentração em São Paulo: "Agora começa um outro Mundial", escreveu o craque. E os jogadores liderados pelo camisa 10 pouco dão as caras no hotel onde a delegação está hospedada, na zona sul paulista, para encarar a Suíça, nesta terça-feira, às 13h (de Brasília), na Arena Corinthians, pelas oitavas de final da Copa do Mundo.
O esquema de segurança repete o padrão adotado pela seleção brasileira, hospedada no mesmo local antes da abertura da Copa do Mundo, contra a Croácia. São 180 câmeras de segurança e 250 homens do Exército, Polícias Militar e Federal, além de funcionários extras contratados pelo hotel. As ruas de acesso são bloqueadas e somente pessoas autorizadas passam pelo cerco no entorno da concentração argentina.
Forte esquema de segurança em hotel da Argentina mantém torcedores distantes dos jogadores (Foto: Marcelo Hazan)
Na maior parte do tempo apenas membros da comissão técnica e diretoria são vistos no saguão principal, local de livre acesso dos hóspedes, identificados com pulseiras azuis. Além deles, somente parentes de jogadores e pessoas autorizadas pela Argentina podem circular livremente. O lateral-esquerdo Clemente Rodríguez do São Paulo, por exemplo, visitou os amigos da seleção.
Os únicos a quebrar o "padrão Argentina" foram o zagueiro Martín Demichelis, o atacante Giovanni Simeone, filho do treinador do Atlético de Madrid e integrante da seleção sub-20, usado para completar treinamentos, e o coordenador de seleções Carlos Bilardo, comandante da seleção campeã do Mundo em 1986. Ainda que de forma rápida, o trio teve contato com os fãs.
Mesmo sem contato com jogadores, torcida acompanha movimentação da seleção argentina (Foto: Marcelo Hazan)
Os astros Messi, Agüero (cortado das oitavas por lesão na coxa esquerda) e Di María, entre outros, só apareceram na saída e chegada da seleção do treinamento na Arena Corinthians. Todos usam uma rota alternativa para não acessar o saguão principal. Assim, o contato com torcedores é apenas visual, mas não próximo.
Tal esquema de segurança é diferente do adotado pelo Uruguai, hospedado no mesmo local antes de enfrentar a Inglaterra, pela primeira fase do Mundial. O zagueiro e capitão Diego Lugano, por exemplo, era facilmente visto no saguão e concedeu diversos autógrafos a torcedores. Holanda e Coreia do Sul também fizeram esquemas mais simples no hotel
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