O Flamengo não esconde que quer aproveitar a próxima janela de transferências para colocar reforços para dentro do Ninho do Urubu. Este período só começa após a Copa do Mundo, mas, aos poucos, o clube já estuda o mercado. E um velho alvo foi sondado extraoficialmente pelos rubro-negros: Robinho, de 30 anos.
Nos últimos dias, o vice-presidente de relações externas, Plínio Serpa Pinto, fez contato com Serginho, representante do Milan no Brasil, para saber da situação do jogador. Financeiramente, não há interesse em liberar o atacante que, em 2010, custou cerca de € 15 milhões. Os milaneses querem reaver o investimento.
— O Robinho ainda tem dois anos de contrato com o Milan. E achamos que ele ainda tem mercado na Europa. É claro que a última palavra é dele, mas acreditamos que ele não vai se precipitar e nem fazer nada de cabeça quente — disse Serginho, que despistou sobre o contato com Plínio, de quem admite ser grande amigo.
Mas Robinho bateu o martelo. Fora da lista da seleção para a Copa, ele quer retornar ao Brasil. Anteontem, o jogador telefonou para uma pessoa próxima e desabafou: está chateado por ter ficado fora da lista de Felipão e quer romper o vínculo com o rubro-negro italiano para voltar a jogar em seu país.
Entre a necessidade do Flamengo em ter um jogador como Robinho e o desejo do atacante há alguns obstáculos. Além dos empecilhos que o Milan pode colocar, a política de austeridade financeira do rubro-negro carioca bate de frente com o alto salário do atleta. Este, inclusive, foi o motivo para a diretoria desistir de sua contratação no ano passado. Vale lembrar que Robinho, à época, estava em alta.
No entanto, a necessidade de reforçar o elenco é grande. E alguns pontos tornam a contratação mais possível agora. A Adidas, parceiro em comum entre os clubes, pode fazer o meio de campo. Além disso, a folha salarial do futebol ganhou uma lacuna de R$ 500 mil após a saída de Carlos Eduardo, que assinou rescisão ontem. Para completar, o clube já tem um canal aberto com o jogador desde a primeira tentativa: o empresário Eduardo Uram, que tem bom trânsito com o empresário Mino Raiola.
— No momento não há nenhuma novidade em relação a esse assunto, o que não quer dizer que não possa haver até o início da janela — disse Uram.
Procurado pelo Jogo Extra, o vice de futebol Wallim Vasconcelos não quis comentar o assunto. Já Plínio, em viagem ao exterior, não atendeu as ligações
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