14 de mai. de 2014

Damião desfalca o Peixe até a Copa: cirurgia no púbis não está descartada

Leandro Damião Santos (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)Leandro Damião Santos (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)
Principal contratação do Santos na temporada, o atacante Leandro Damião pode desfalcar o time comandado por Oswaldo de Oliveira por até três meses. Com uma lesão no púbis (pubeíte), o camisa 9 será submetido a um tratamento e já é baixa certa até a Copa do Mundo. O departamento médico alvinegro não descarta uma cirurgia.
Em entrevista coletiva realizada na noite desta quarta-feira, o médico do clube, Rodrigo Zogaib, explicou o problema do jogador, que deixou o treino de terça-feira antes de fim reclamando de dores na região:
- É um processo inflamatório causado pelo desequilíbrio muscular entre a coxa e abdômen. Essa é uma patologia que vem ocorrendo cada vez mais no futebol. Ela começa leve e vai aumentando e causa dor, principalmente após os esforços - explica.
Zogaib admitiu que os médicos já haviam diagnosticado alterações nos exames do jogador antes mesmo de sua chegada. Mesmo assim, deram o aval para a contratação de R$ 42 milhões.
- Tinha (conhecimento) e foi detectado. O Santos é um dos clubes que mais examina atleta antes de contratação. A gente faz um exame muito minucioso. O Leandro Damião tinha sim uma alteração no púbis. Ele tinha, como vários atletas têm. A gente colocou que existia risco de aumentar e contava com isso - admitiu.
No clube desde janeiro, o jogador foi submetido a uma série de tratamentos, mas nunca conseguiu ficar sem nenhuma dor. A situação, inclusive, pode ter atrapalhado o seu rendimento.
- Fizemos alguns tratamentos sem muita gente perceber. Ele ficava em semanas cheias diminuindo a carga de treinos. Melhorou muito, mas a dor nunca zerou. Chegou a 20%. Mas, quando voltava a treinar, voltava a doer. Chegou um momento que estava atrapalhando de forma importante. Decidimos, então, afastá-lo por um período - disse.

Ainda segundo o profissional santista, a recuperação pode durar até três meses, mas o departamento médico trabalha primeiramente com o prazo otimista de um mês. 

- Na minha cabeça, nós temos duas formas de lidar com o problema. A primeira, em 30 dias, com uma programação de 25 dias de tratamento lá dentro (na academia) e os cinco últimos dias de tratamento com gesto esportivo e talvez com bola. Se não se recuperar, podemos usar o período da Copa do Mundo para seguir o tratamento - explica.
No panorama otimista, Damião perderia apenas os jogos contra o Princesa de Solimões, nesta quinta, pela Copa do Brasil, e os duelos contra Atlético-MG, Goiás, Flamengo, Bahia e Criciúma, todos pelo Campeonato Brasileiro.

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