Na noite desta quarta-feira, pouco antes de o Flamengo entrar em campo para enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, Patricia Amorim atuava em outro campo. Na Gávea, a presidente encaminhou para a comissão de inquérito o documento com seus argumentos de defesa diante da acusação de gestão temerária, que pede impeachment ou que a dirigente seja impedida de tentar a reeleição em dezembro. A partir de agora, o caso será analisado e julgado, mas ainda não existe prazo para a conclusão do processo.
Conselheiros aliados à presidente e advogados do clube redigiram a defesa que irá confrontar o pedido de impeachment.
No dia 25 de julho, o ex-presidente Marcio Braga anunciou a entrada com pedido de impeachment, com assinaturas de outros conselheiros influentes. O documento, elaborado por um renomado escritório de advocacia carioca, baseia-se no artigo 27 da Lei Pelé, que trata de gestão temerária, e foi entregue ao Conselho Deliberativo do Flamengo.
A argumentação para tirá-la do cargo - ou impedir que se candidate para tentar a reeleição - tem mais de 40 páginas e questiona, dentre outros pontos, a relação entre Flamengo e a empresa Locanty, a falta de patrocínio e os contratos do atacante Deivid e de Ronaldinho Gaúcho.
Em relação ao ex-camisa 10, a alegação é de que existia uma cláusula lesiva: se o Flamengo deixasse de pagar duas prestações teria de quitar o restante do contrato de forma integral, acrescido de uma multa de R$ 5 milhões.
Nos argumentos de defesa, Patricia alega que o clube entrou em acordo com Deivid, Romário e que o caso Ronaldinho Gaúcho também deve se encaminhar para um acordo. A presidente também apresentou as melhorias realizadas na Gávea.
- Fiz todos os esclarecimentos através dos advogados, a comissão jurídica já recebeu isso. Isso foi uma ação política covarde, feita quando eu estava viajando (durante os Jogos Olímpicos de Londres). Nada tenho a temer sobre essa covardia, além da falta de elementos para fazer qualquer tipo de acusação, esse movimento não tem condição de avançar. O torcedor não quer isso, e o sócio que me elegeu também não. A estratégia é sempre atacar para que você não trabalhe. Não vou deixar de trabalhar – disse Patricia Amorim, na segunda-feira, antes mesmo de encaminhar sua defesa.
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