17 de set. de 2012

Grupo D: até que a morte separe Real Madrid, City, Borussia e a 'zebra' Ajax


Como de praxe, a Liga dos Campeões2012/2013 também tem o seu "Grupo da Morte". É o D, com 14 títulos divididos entreReal Madrid (9), Ajax (4) e Borussia Dortmund (1), além de um integrante, oManchester City, cada vez mais forte na disputa do troféu mais cobiçado do continente. É como se a Uefa tratasse de organizar um casamento entre quatro estilos diferentes, mas todos notáveis pelo bom futebol. O problema é que apenas dois avançam às oitavas de final - e muito provável que, no fim das contas, um deles seja o time merengue, em busca de afirmação após a péssima arrancada no Campeonato Espanhol. A menos que este mesmo "Grupo da Morte" apronte das suas e o separe do sonho da décima taça.
Info_Champions_GRUPO-D (Foto: infoesporte)
header Real Madrid (Foto: arte esporte)
Cristiano ronaldo real madrid granada (Foto: Agência AP)Real de Cristiano Ronaldo conquistou a Supercopa,
mas arrancou mal no Espanhol (Foto: Agência AP)
O início que parecia promissor com o título da Supercopa diante do Barcelona se transformou num poço de crise. Com quatro pontos em quatro rodadas, o Real Madrid ocupa a 14ª (isso mesmo!) colocação no Campeonato Espanhol. O técnico José Mourinho chegou a afirmar que eram "poucas cabeças pensando no coletivo", sugerindo um problema interno ainda a ser contornado. Não há dúvidas de que o português tem tempo e recursos necessários para virar o jogo, especialmente depois da chegada do croata Luka Modric, ex-Tottenham, para incrementar o banco de reservas ao lado de Kaká. Mas é bom correr, pois os adversários também são campeões nacionais e de nível um tanto quanto superior a Getafe, Granada...
- É um grupo com quatro campeões. Campeões de quatro potências. Obviamente que o principal objetivo não é vencer os seis jogos, mas garantir a classificação. Quando cheguei ao Real Madrid o clube nem era cabeça de chave no sorteio da fase de grupos, o que diz tudo. Agora somos, depois de termos atingido as semifinais em duas temporadas consecutivas. Vamos fazer de tudo para dar a décima Liga dos Campeões ao Real Madrid - disse José Mourinho.
Time-base: Casillas, Arbeloa, Ramos, Pepe e Marcelo; Khedira e Xabi Alonso; Di María, Özil e Cristiano Ronaldo; Higuaín (Benzema). Técnico: José Mourinho.
header Manchester City (Foto: arte esporte)
Eliminado por Napoli e Bayern de Munique no último ano, os ingleses também têm pedreiras na edição de 2012/2013. Mas eles esperam ter aprendido a lição. Não há mais o nervosismo da estreia, e o time carrega agora o posto de campeão inglês, conquistado com grande esforço em um fim épico. O talento não se discute: há Tevez, Agüero, David Silva, Yaya Touré e até o polêmico Balotelli. A eles se juntou o lateral brasileiro Maicon, para o clube se consolidar entre os maiores da Europa. O passo é grande.
Maicon, Stoke City x Manchester City (Foto: Agência Getty Images)Maicon dará um toque de samba ao multicultural Manchester City (Foto: Agência Getty Images)
- O clube está a trabalhando muito para competir os melhores do continente. Qualquer jogador adora jogar a Champions League, e para o clube é um marco estar lá com os melhores. É uma experiência fantástica, dentro e fora do campo. É claro que é um grupo difícil, mas se você quer ganhar precisa enfrentar e vencer times desse calibre. É o "Grupo da Morte", mas também é algo empolgante para o clube. Não podemos esperar para ir até Madri. Não há razão para não acreditar numa vitória quando se tem Yaya, Silva e Tevez. Mudamos muito desde o ano passado - afirmou o diretor-executivo Patrick Vieira, animado em especial com o confronto desta terça-feira, que abrirá a chave.
Time-base: Hart, Maicon, Kompany, Lescott e Clichy; David Silva, Javi García, Yaya Touré e Nasri; Agüero e Tevez. Técnico: Roberto Mancini.
Header champinos ajax (Foto: arte esporte)
Frank de Boer técnico Ajax (Foto: Getty Images)Frank de Boer e o assistente Dennis Bergkamp:
passado e presente do Ajax (Foto: Getty Images)
Tradição não é o que falta ao Ajax, campeão por quatro vezes do principal torneio do continente. Três dos títulos vieram nos anos 70 e no último, em 1995, o técnico Frank De Boer vestia calção e chuteiras e desfilava sua técnica como zagueiro. Desde que a Holanda deixou de competir financeiramente com outros centros, levantar o troféu se tornou missão praticamente impossível. As metas caíram proporcionalmente à qualidade do elenco, que, mesmo sem grandes estrelas, conseguiu o bicampeonato nacional. Para 2012/2013, De Boer perdeu alguns de seus destaques e terá de recorrer aos jovens para se manter esperançoso.
- Se as coisas forem de acordo com o planejado, somos capazes de vencer qualquer adversário com a nossa filosofia. Descuido neste nível é fatal, então temos de nos manter calmos e confiar na posse de bola e o passe a Eriksen, De Jong e Babel. Se todos pensarem em termos de oportunidades em vez de problemas, isso produziria resultados supreendentes. Mas eu amo o desafio de consertar as coisas - contou Frank De Boer, citando os seus melhores jogadores restantes depois de negociar o zagueiro Vertonghen e o lateral Van der Wiel.
Time-base: Vermeer, Van Rhijn, Alderweireld, Moisander e Blind; Schone, Enoh (Babel) e Eriksen; Sana, De Jong e Boerrigter. Técnico: Frank de Boer.
header Borussia Dortmund (Foto: arte esporte)
Marco Reus, Borussia Dortmund x Werder Bremen (Foto: Agência Reuters)Marco Reus é titular da Alemanha e destaque do
Borussia Dortmund versão 2012/13 (Foto: Reuters)
Reproduzir o sucesso nacional ao redor do continente é o grande desafio deste Borussia Dortmund. Se dentro da Alemanha Hummels, Kuba, Götze, Lewandowski só atraíram elogios, a decepcionante eliminação na fase de grupos da última edição da Champions trouxe uma realidade inesperada. Em 2012/2013, cair para Real Madrid e Manchester City não seria lá um grande fracasso, mas a experiência de nova temporada nas costas e a chegada da revelação Marco Reus, substituto do japonês Shinji Kagawa, colocam os alemães num patamar em que é permitido sonhar.
- Gostei bastante de ter ficado no chamado “Grupo da Morte". Serão jogos fantásticos com quatro das maiores equipes do futebol europeu e mundial. Acredito que não há favorito, e por isso as partidas serão muito equilibradas. Em nosso grupo, o Real entra sempre como favorito por todo o elenco que possui. O City investiu tudo que podia para conquistar o campeonato. E o Ajax é uma equipe de muita tradição, que tem uma camisa muito forte. Estou ansioso para o início da Champions e para enfrentar esses jogadores de altíssimo nível - disse o zagueiro Felipe Santana, único brasileiro na equipe amarela.
Time-base: Weidenfeller, Piszczek, Subotic, Hummels e Schmelzer; Kehl e Gündogan; Kuba, Reus e Götze; Lewandowski. Técnico: Jürgen Klopp

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