A novela parece não ter fim. Pessoas próximas a Thiago Neves garantem o acerto entre o jogador e a Unimed, que patrocina o Fluminense. O meia, inclusive, teria assinado um contrato nesta sexta-feira com a empresa para ceder os direitos de imagem por quatro anos. Mas o presidente tricolor Peter Siemsen e o diretor de futebol Rodrigo Caetano negam que a contratação esteja concluída e garantem que o jogador não assinou o contrato de trabalho.
- Não houve acerto com o Fluminense - garante Rodrigo Caetano.
O empresário de Thiago Neves, Léo Rabello, desconhece qualquer negociação com o Tricolor. Por meio da assessoria de imprensa, a diretoria do Flamengo disse que não vai se pronunciar já que não há novidades sobre o caso.
Para conseguir a liberação do Al Hilal-SAU, a Unimed teria desembolsado cerca de R$ 16 milhões por 90% dos direitos econômicos de Thiago Neves. Os outros 10%, atualmente, pertencem ao Flamengo. A empresa seria a grande responsável pelo pagamento do salário do jogador. Ao Fluminense restaria um valor bem menor, cerca de R$ 50 mil. São dois contratos diferentes. Um de imagem com a Unimed - que teria sido assinado nesta sexta-feira segundo pessoas próximas a Thiago Neves - e outro de trabalho com o Tricolor, que não foi concluído.
Léo Rabello: ‘Thiago jura que não tratou com o Flu’
Depois de passar alguns dias sem atender o telefone celular, o empresário de Thiago Neves, Léo Rabello, voltou a falar sobre o caso nesta sexta. O agente desconhece o acerto do jogador com o Fluminense e com a Unimed e assegura que não negociou com qualquer outro clube além do Flamengo. Em conversa com Thiago Neves, ouviu do meia que não há negociação com o Tricolor e a patrocinadora. Mas não descarta que isso tenha acontecido sem o conhecimento dele.
- Eu não sei de nada. Estive viajando por alguns dias e não tratei nada com o Fluminense ou com a Unimed. Falei por telefone com o Thiago (nesta sexta), e ele jura que também não tratou com nenhum outro clube. Até o presente momento estou acreditando no jogador. Ele não pode acertar nada. O Thiago pode apenas conversar. Ele me deu a palavra dele. Disse que só sabe dessas notícias pela imprensa. Ele ligou para o Michel Levy (vice de finanças do Fla) e garantiu que é tudo mentira, que está fechado com o Flamengo. Se não for verdade, será uma decepção. O Celso Barros (presidente da patrocinadora do Flu) sempre prometeu que seria ético comigo, que não atravessaria nada antes de as negociações com o Flamengo terminarem. Se fizeram o negócio, foi na calada da noite. Comigo não fizeram nada. Se ele fez, foi antiético - disse.
Léo Rabello afirma que ele e o Flamengo fizeram contato com o Al Hilal nesta quinta. O Rubro-Negro teria dado a garantia necessária para quitar os € 6,5 milhões (R$ 14,7 milhões) em três parcelas. A resposta ainda é esperada.
- O Al Hilal sempre disse que tinha propostas de outros clubes. Se o Fluminense tratou com os árabes, eu não posso fazer nada. Só apresentei a proposta do Flamengo. O pagamento da primeira parcela, de três milhões de euros (R$ 6,8 milhões), seria feito no dia 20. A outra em agosto e a outra em janeiro. Estive com a Patricia ontem (quinta-feira) à noite, tivemos uma reunião para conversar sobre o contrato do jogador, e ela falou com o diretor geral do Al Hilal. Mandamos a proposta final, e eles exigiram uma garantia. O Flamengo deu. A Patricia enviou documento em papel timbrado, assinado por ela. O Flamengo fez tudo certinho. O Al Hilal até agora não respondeu a correspondência do Flamengo. Não consegui falar com eles hoje (sexta). O Flamengo está totalmente na parada. Falo isso baseado no fato de que não tive nenhuma confirmação de negativa dos árabes. No momento, para mim, a negociação está em andamento pelo Flamengo.
O empresário, no entanto, diz que a diretoria rubro-negra teve dificuldades para levantar a verba e perdeu tempo.
- O Flamengo custou a viabilizar o dinheiro. Não podia assinar o contrato sem ter a certeza de que pagaria. Já o Fluminense tem a Unimed para bancar.
Independentemente do desfecho, Léo Rabello avisa que vai conceder uma entrevista coletiva sobre o assunto na segunda-feira, no Rio.
- Se estiver tudo resolvido (com o Fla), vamos parabenizar todo mundo. Se não estiver, vou esclarecer tudo e dizer coisas que não posso dizer agora.
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