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A freguesia continua. Mas quase acabou. Atuando em casa, o Barcelona chegou a abrir 2 a 0 diante do Real Madrid, sofreu o empate, levou sufoco no fim, mas assegurou o 2 a 2 e se garantiu nas semifinais da Copa do Rei por ter vencido o jogo da ida por 2 a 1. Pedro e Daniel Alves, que anotou um golaço, marcaram para o clube catalão no Camp Nou, enquanto Benzema e Cristiano Ronaldo anotaram para os merengues.
Na próxima fase, o Barça, que não perde em casa para o Real desde dezembro de 2007 e que só foi derrotado pelo time da capital uma única vez nos últimos nove encontros, vai encarar na semana que vem o vencedor do duelo entre Valencia e Levante (4 a 1 para o time de Jonas, Soldado e companhia na ida).
Pepe é chamado de assassino
Antes do início da partida, o zagueiro Pepe, um dos personagens do confronto por conta do pisão que deu em Messi na partida de ida, foi “bem” recebido pelos torcedores do Barcelona. Sob os gritos de “assassino, assassino”, o defensor luso-brasileiro aquecia. Logo depois, ele cumprimentou Messi, com um aperto de mão protocolar e sem troca de olhares, é verdade. Diferentemente de Pep Guardiola e José Mourinho. Apesar de não se “bicarem” muito, os dois treinadores apertaram a mão de um modo mais amigável.
Com a mesma escalação inicial que venceu no Bernabéu na semana passada, o Barcelona começou levando logo um susto. Aos dez segundos, Daniel Alves tocou errado para Piqué. Higuaín roubou a bola e, frente a frente com o goleiro Pinto, retribuiu o presente do brasileiro e chutou para fora. No banco de reservas, Mourinho não escondeu a insatisfação com o arremate errado do argentino.
Pressão merengue
O lance animou os madridistas que, na base da pressão, tentavam encurralar o Barcelona no campo de defesa. Aos seis, após bela troca de passes entre Kaká e Özil, o alemão tocou para Cristiano Ronaldo que chutou rente à trave catalã.
Aos dez, Kaká puxou contra-ataque rápido e rolou na medida para o atacante português que, mais uma vez, não conseguiu colocar a bola no fundo da rede e chutou em cima de Pinto.
Um tanto perplexo com a disposição do Real, o Barcelona só conseguiu dar seu primeiro chute aos 14, com Messi batendo de chapa para fora.
Um tanto perplexo com a disposição do Real, o Barcelona só conseguiu dar seu primeiro chute aos 14, com Messi batendo de chapa para fora.
Chiadeira do Real e bomba de Özil
Aos 18, o Real reclamou de um pênalti de Busquets quer teria cortado com o braço uma cabeçada de Pepe. No entanto, o árbitro ignorou a chiadeira merengue alegando que o meia do Barça estava com o braço colado no corpo.
Superior em campo, deixando inclusive a torcida do Barça calada em certos momentos, o Real Madrid seguia criando chances e, aos 24, a melhor delas. Özil rabiscou um marcador pelo lado direito e, de longe, soltou a bomba. Pinto fez golpe de vista e a bola explodiu no travessão. Na sequência, Pinto saiu jogando errado nos pés de Higuaín que, mais uma vez, mostrou que a pontaria anda ruim e desperdiçou mais uma oportunidade.
Messi acorda, e Barça enterra o Real
No entanto, como diz aquele velho ditado de “quem não faz...”. Aos 42, Messi pegou a bola quase na linha do meio de campo e partiu em direção à defesa do Real até que um ponto foi cercado por quatro jogadores. Gênio, e percebendo que todos os outros atletas do Barcelona ficaram desmarcados, o argentino rolou com carinho para Pedro, que entrara minutos antes no lugar do lesionado Iniesta, deslocar Casillas e abrir o placar.
Um minuto depois, Messi deu uma pancada em Pepe e levou amarelo. Já nos acréscimos da primeira etapa, Lass Diarra, que tinha cartão, providenciou o troco. O árbitro ignorou o lance e só marcou a falta na beira da grande área.
Mas o castigo veio em seguida: após o rebote da cobrança, Daniel Alves, sem deixar a bola cair, acertou um míssil no ângulo sem chances para Casillas: 2 a 0 com gosto de cal para o Real Madrid.
Ritmo de treino
Na volta do intervalo, o Barcelona impôs seu ritmo e não deixava o Real ver a cor da bola. Aos oito, o Real até conseguiu descontar com Sergio Ramos. No entanto, o tento foi anulado corretamente por conta de um puxão do próprio Ramos em Daniel Alves.
A jogada não incomodou nada os torcedores culés que logo passaram a cantar músicas tirando sarro do Real, de Mourinho ("Mourinho, te queremos, fique", numa ironia ao treinador que poderia estar deixando o time da capital no fim da temporada) e entoaram gritos de “olé” com os toques de Xavi, aniversariante do dia, Messi, Daniel Alves e companhia.
No entanto, eles tiveram que engolir um belo gol de Cristiano Ronaldo aos 22. Após passe de Özil, o gajo passou no meio de Puyol e Abidal, driblou Pinto e tocou para o gol vazio.
Golaço de Benzema bota fogo no jogo
O tento animou os merengues, que voltaram a pressionar o arquirrival e, três minutos depois, foram recompensados. Piqué saiu jogando errado na cabeça de Callejón e a bola sobrou para Benzema (que havia entrado no lugar de Higuaín). O atacante francês dominou com estilo, deu um lindo lençol em Puyol – que ficou no chão – e chutou forte para empatar a partida.
O golaço incendiou o jogo. O Real partiu forte em busca da “remontada” (virada, em espanhol) e o Barcelona, por sua vez, sentiu e passou a errar passes que não costuma errar.
Disposto a manter a ótima escrita diante do Real, Guardiola sacou o atacante chileno Alexis Sánchez (que sentiu um problema no ombro) e colocou o volante argentino Mascherano para segurar o resultado. Enquanto isso, Mourinho, desesperado, deu uma de gandula para repor a bola rápido.
Nos minutos finais, Sergio Ramos pôs fim à reação do Real ao ser expulso após receber o segundo cartão amarelo por uma cotovelada em Busquets. Vendo que a eliminação era praticamente certa, os jogadores do Real começaram a distribuir pontapés e, por pouco, a partida não terminou em confusão.
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