A preocupação do Barcelona com o Mundial é tanta que os jogadores sequer concederão entrevista coletiva em Madri. Apenas o técnico Guardiola vai conversar com os jornalistas. Mas o que serve de lição para o Santos de Muricy Ramalho? Apenas os 30 minutos iniciais da atuação dos merengues, que pressionaram os catalães no próprio campo de defesa.
E foi só. No segundo tempo, o Real Madrid não mostrou a mesma vontade de antes. Exatamente tal mudança de atitude que os brasileiros não podem repetir se quiserem levantar o caneco no Japão. Kaká começou a partida no banco de reservas e entrou na etapa final.
O Barcelona vai estrear no Mundial de Clubes na próxima quinta-feira, às 8h30m (de Brasília), contra o vencedor do duelo entre o Al Sadd, do Qatar, e o Esperance, da Tunísia.
Real abre o marcador aos 23 segundos de jogo
Os dois ataques mais positivos do Campeonato Espanhol estavam em campo. E como não poderia ser diferente, os gols saíram com rapidez. Os merengues demoraram apenas 23 segundos para abrir o marcador. Após uma bobeada na saída de bola, Victor Valdes colocou a pelota nos pés de Di María. O argentino tentou o passe, mas a defesa cortou e a sobra ficou com Özil. O alemão tentou a finalização, mas, após desvio em Sérgio Busquets, Benzema recebeu livre e chutou de primeira para abrir o marcador.
O Real Madrid seguiu melhor na etapa inicial. O Barcelona encontrava muitas dificuldades para sair jogando, para criar os lances de ataque. Mas a força dos donos da casa na marcação durou apenas até os 30 minutos do primeiro tempo. Messi passou por três adversários e lançou para o chileno Alexis Sánchez, que invadiu a área e tocou na saída de Casillas: 1 a 1.
Vale ressaltar que a recuperação do Barcelona na partida só aconteceu por conta das inúmeras variações táticas utilizadas por Guardiola. Messi, Iniesta e Sánchez se revezaram no comando do ataque. Enquanto o argentino recuava um pouco mais para buscar o jogo e tentar as enfiadas para os companheiros, o espanhol era o maestro do time catalão. Já o chileno flutuava pelos lados do campo ou no centro da área adversária.
Nas arquibancadas, as presenças ilustres do tenista Rafael Nadal, dos técnicos da Espanha, Vicente del Bosque, e da Alemanha, Jöachim Low, já demonstrava a força da partida. E o que todos viram foi um primeiro tempo equilibrado, com três cartões amarelos (Xabi Alonso, Lionel Messi e Alexis Sanches).
Messi, por sinal, poderia até ter sido expulso na primeira etapa após chegar atrasado em uma disputa de bola com o meia Xabi Alonso, aos 43 minutos. O árbitro do clássico, no entanto, preferiu ignorar a marcação e deixou o jogo seguir. Muita reclamação no Santiago Bernabéu. Mas a etapa inicial ficou por aí: 1 a 1.
Barcelona sacramenta virada com gols de Marcelo (contra) e Fàbregas
Na etapa final, o Real Madrid não voltou com o mesmo ímpeto de marcar o Barcelona no campo de defesa. E foi justamente a falta de iniciativa dos merengues que foi determinante para a virada do time catalão. Aos sete, a bola sobrou para Xavi na entrada da área que soltou a bomba. A pelota desviou em Marcelo no meio do caminho e enganou Casillas: 2 a 1 Barça.
O gol jogou uma ducha de água fria no Real e nos seus torcedores que lotaram o Santiago Bernabéu. O Barcelona seguiu tocando a bola como queria e não demorou para marcar mais um. Aos 20, Daniel Alves recebeu de Messi pelo lado direito e cruzou na cabeça de Fàbregas, que se antecipou a Fábio Coentrão antes de testar para o fundo da rede de Iker Casillas.
Antes mesmo do fim do jogo, os pouco mais de 500 torcedores do Barcelona que foram ao estádio comemoravam o triunfo com os gritos de "olé! olé!" Como não poderia ser diferente, o lateral-esquerdo Marcelo ainda se estranhou com Keita após falta cometida pelos catalães. Bulha na entrada da área, mas bem mais amena do que as confusões de outros duelos da temporada 2011.
Após o apito final, festa do Barça. Agora, o espetáculo será no Japão. Resta saber se o Santos de Neymar conseguirá estragar mais uma comemoração do time catalão.
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