4 de jun. de 2011

Rubro-negro de coração, Felipe Melo relembra bons momentos com Pe

O ano de 2001 foi especial para os torcedores do Flamengo. Todos se lembram dos gols de falta de Petkovic, nas finais do Campeonato Carioca e da Copa dos Campeões, títulos que marcaram a temporada. Mas outro jogador também brilhou, há dez anos, com um gol decisivo para o Rubro-Negro: o volante Felipe Melo. Ainda menino, com 18 anos de idade, ele subiu no meio da zaga do Internacional, escorou de cabeça, e garantiu o time da Gávea, que lutava contra o rebaixamento, na primeira divisão do Brasileirão no ano seguinte.
Uma lembrança para lá de viva na memória de Felipe, que tem esta partida, do dia 18 de novembro de 2001, como um de seus jogos inesquecíveis na carreira. E a história sobre como ele se tornou herói é curiosa. O meio-campista entrou no jogo com o respaldo do experiente goleiro Clêmer, que virou para o banco e pediu: "Bota o Felipe". Carlos Alberto Torres, então técnico rubro-negro, chamou o menino e o colocou em campo. Deu no que deu.
- Com certeza foi um jogo inesquecível. Por toda a situação que estava envolvida e por ter sido o meu primeiro gol pelo Flamengo como profissional. Como torcedor, para mim, aquilo era uma coisa inacreditável. Foi uma das maiores emoções da minha vida como jogador. Tenho muitos jogos inesquecíveis, como meu primeiro gol pela Seleção, o primeiro pelo Juventus, contra o Roma, mas esse foi especial também - contou o jogador.
E as recordações voltam à cabeça agora que Petkovic está próximo de se despedir do Flamengo. Afinal, foi o sérvio quem cruzou a bola para Felipe marcar seu primeiro - e mais importante - gol com a camisa rubro-negra. E foi ele também o responsável pelo primeiro - e mais emocionante - título conquistado pelo jovem cabeça de área no clube de seu coração.
- Só tenho a agradecer por tudo o que ele fez pelo Flamengo e pelo futebol brasileiro, apesar de ser gringo. Ele sempre jogou muita bola, ajudou demais o time naquela época e também na conquista do hexa em 2009 e merece esse reconhecimento, com certeza. Foi ele quem cruzou a bola para o meu primeiro gol como profissional e também foi o responsável por aquele título de 2001, que foi o meu primeiro no clube. Estava no grupo e foi emocionante - recordou o volante, que promete estar torcendo por uma despedida de gala do sérvio contra o Corinthians.
- No domingo, estaremos todos juntos torcendo por ele e pelo Flamengo - garantiu Felipe Melo, que jogou no Flamengo de 2001 a 2003, fez 71 partidas e marcou 11 gols.
Retorno é "complicado" no momento
Apesar da paixão pelo clube e do desejo da presidente Patricia Amorim em repatriá-lo em breve, Felipe considera "complicado" o seu retorno ao Flamengo. Aos 28 anos, o cabeça de área acredita que ainda tem objetivos a cumprir no futebol europeu. No entanto, avisa: se um dia voltar, a preferência, é claro, é do Rubro-negro.
- Muita gente até diz, quando coloco algo sobre o Flamengo no Twitter, que estou tentando cavar um retorno, mas isso não existe. No momento, não penso ainda. Mas é claro que, se um dia eu retornar ao Brasil, penso em jogar no Flamengo pelo amor que tenho pelo clube, mas não gosto de ficar pensando no final da carreira. Tenho muito carinho também pelo Cruzeiro, pelo Grêmio, mas no Rio, por exemplo, só no Flamengo. Não teria cara de vestir camisa de Fluminense, Vasco ou Botafogo - frisou o volante, que elogia Luxemburgo, Patricia Amorim, mas também faz cobranças: o Flamengo tem que lutar por títulos de grande importância nas próximas temporadas.
- O Flamengo pode melhorar muito, mas sem dúvida, com o Vanderlei e o trabalho feito pela Patrícia Amorim, o clube evoluiu. A presidente mudou o estilo do Flamengo, o Luxemburgo é um treinador que dispensa comentários e espero que a vinda do Ronaldinho abra portas para outros grandes craques jogarem no Flamengo e reforçarem ainda mais. Até porque não pode se contentar com Carioca. Tem que buscar a Sul-Americana, o Brasileiro... - analisou.

Além de Felipe, o goleiro Julio César, do Inter de Milão, e o zagueiro Juan, do Roma, seriam os outros integrantes do "trio dos sonhos" da presidente Patricia Amorim, que deseja contar com jogadores identificados com o clube no futuro. Amigo de Julio, Felipe admite que há um bom relacionamento entre eles, mas nega qualquer contato para um possível retorno.
- Falo um pouco menos com o Juan, porque ele está em Roma e é um pouco mais complicado, mas converso sempre com o Julio César. Aprendi a gostar dele ao longo da carreira, crescemos junto no Flamengo, foi meu parceiro de quarto na Seleção e torço muito por ele e também fico feliz pelo retorno dele à Seleção - finalizou.

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