Esperança da Argentina para disputa da Copa América, Lionel Messi mostrou nesta segunda-feira que pode liderar os anfitriões ao título que não vem desde 1993. Com lances de efeito, assistências e um gol à la Barcelona, o camisa 10 foi o melhor em campo na goleada por 4 a 0 diante da Albânia, no último amistoso da seleção argentina antes da estreia contra a Bolívia, dia 1º de julho.
Além de Messi, Lavezzi, Agüero e Tevez balançaram a rede no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Jogador do povo, mas não muito querido pelo técnico Sergio Batista, Tevez entrou no segundo tempo para fazer a alegria da torcida, que ficou empolgada com o resultado às vésperas de uma importante competição. No entanto, para a imprensa argentina, é necessário um pouco de freio no entusiasmo. Em 2010, a equipe também atropelou um adversário modesto (Canadá, por 5 a 0) antes da Copa do Mundo, e acabou acaindo nas quartas de final do torneio na África do Sul com um sonoro 4 a 0 para a Alemanha.
Messi e Tevez ovacionados
Apesar de não ter uma história no futebol argentino, Messi, que deixou o país aos 13 anos para jogar no Barcelona, foi o mais ovacionado pela torcida quando o sistema de som anunciou a equipe titular. Por outro lado, Tevez, que iniciou no banco de reservas, também recebeu igual número de aplausos, ao contrário do técnico Sergio Batista, que teve de escutar algumas vaias da “hinchada” que não lotou o estádio Monumental de Nuñez.
BRASIL MUNDIAL F.C.: torcedores invadem o gramado e driblam policiais
Com a bola rolando, a Argentina começou pressionando como era de se esperar. O ataque, formado por Lavezzi, Di María e Messi e sem um homem fixo de área, se movimentava bastante e confundia a defesa albanesa que acabou sendo furada logo aos cinco minutos.
Lionel Messi recebeu na frente da área, girou sobre um zagueiro e tocou com açúcar para Lavezzi marcar. O gol despertou a torcida que até ensaiou gritos de olé durante simples trocas de passes.
Gol de Messi à la Barcelona
Centro das atenções, Messi, cuja fundação que possui era um dos anunciantes nas placas de publicidade do Monumental, parecia bastante disposto a dar espetáculo e conquistar o coração da torcida. Além de lances de efeito, “La Pulga” também se esforçava no combate. Aos 29, quase fez o segundo em um forte arremate de fora da área que acabou defendido por Begaj.
Quando parecia que o duelo iria para o intervalo com um magro 1 a 0, o espírito do Barcelona baixou no campo do River Plate. Messi escapou pela direita, tocou para Banega, que passou para Lavezzi. O meia do Napoli esperou a ultrapassagem de Messi e devolveu a assistência que recebeu no primeiro gol. Com estilo, o camisa 10 bateu de chapa no canto e ampliou.
“Ole, Ole, Ole, Tevez, Tevez...”
Para o segundo tempo, o técnico Sergio Batista promoveu três alterações: Rojo por Zabaleta, Biglia por Gago e Di María por Tevez que, como era esperado, entrou sob muitos aplausos e cânticos com o seu nome.
E, logo no primeiro minuto, Carlitos quase retribuiu o carinho, mas acabou chutando em cima de Begaj. O goleiro da Albânia, por sinal, foi a melhor figura da modesta seleção europeia, 50ª colocada no ranking da Fifa.
Aos 11, Messi, que seguia mostrando muita gana, teve a chance de fazer o segundo após uma bola mal atrasada por Vangjeli. Porém, o hermano foi um tanto displicente ao querer encobrir o arqueiro rival e acabou desperdiçando. Apesar da bobeada, Messi, com crédito diante da torcida, foi aplaudido.
Crédito que aumentou aos 29 quando ele deu um passe soberbo de canhota para Agüero, que havia entrado minutos antes, penetrar na área, driblar o goleiro e fazer o terceiro da Argentina. Minutos depois, Messi fez outro, de cabeça, mas o árbitro Jorge Larrionda marcou falta do camisa 10 em Begaj.
Aos 44 minutos foi a vez de Tevez marcar o seu. Agüero deixou o atacante do Manchester City em ótima condição para fechar a goleada da Argentina, que deixou o gramado como forte candidata ao título da Copa América.
Nenhum comentário:
Postar um comentário