30 de jun. de 2011

Com metas similares, Messi e Neymar puxam a fila de estrelas ascendentes

Depois de 16 anos, a Copa América volta a ter como sede um país campeão do mundo. Em 1995, jogando em casa, o Uruguai levou o caneco diante do Brasil. Agora, em 2011, a anfitriã Argentina tenta repetir o feito da Celeste tendo o craque Lionel Messi como o grande maestro. Por outro lado, a seleção canarinho, algoz dos hermanos nas duas últimas edições do torneio, busca o tri para consolidar um grupo que buscará o hexa em 2014 e cuja estrela é Neymar.
A dupla, por sinal, conta com objetivos similares. Considerado o maior jogador do Santos depois de Pelé aos 19 anos de idade, Neymar quer conquistar seu primeiro título com o Brasil e virar, de vez, a grande referência do time verde e amarelo. Já Messi, que completou 24 na semana passada, já levou tudo que se pode sonhar com o Barcelona. Mas com a seleção argentina principal... Ou seja, para ambos, a Copa América que começa nesta sexta-feira, com o duelo entre os donos da casa e a Bolívia, pelo Grupo A, é quase um Mundial.
- (A Argentina) era o único lugar onde não me tratavam como em Barcelona. Minha maior esperança e das pessoas que me apoiam é conquistar a Copa América – afirmou Messi.
-- Quero fazer uma ótima Copa América e ajudar a Seleção. Não é um duelo Neymar contra Messi, é Brasil contra Argentina. – disse Neymar, que comanda a Seleção na estreia diante da Venezuela, no próximo domingo, na cidade de La Plata, pelo Grupo B da competição.
CONFIRA A TABELA DE JOGOS E OS GRUPOS DA COPA AMÉRICA DE 2011

Uruguai e Chile apostam em Suárez e Sanchez

Alexis Sánchez, destaque do Chile, é um dos atletas
mais cobiçados no mundo atualmente (Foto: AP)
Mas querendo acabar com essa “decisão dos sonhos” entre Argentina e Brasil, está o Uruguai. Empolgado pela boa campanha na Copa do Mundo de 2010, quando ficou em quarto lugar, vendendo muito caro a vaga na final para a Holanda, a Celeste Olímpica também tem sua jovem estrela em busca de canecos: o atacante Luis Suárez.
Com a mesma idade de Messi e contratado pelo Liverpool no início do ano, ele é a grande esperança do técnico Oscar Tabarez, que deve colocar Suárez ao lado do experiente Forlán e de Cavani, outro atleta em ascensão no futebol europeu. O atacante do Napoli foi o vice-artilheiro do último Campeonato Italiano, com 26 gols. Os uruguaios debutam na Copa América na segunda-feira, em San Juan, contra o Peru, pelo Grupo C do torneio.
Os peruanos, por sinal, assim como os bolivianos, não são tão badalados e nem contam com nenhum grande nome que brilha o Velho Continente. Por outro lado, ambos países já levantaram um título ao menos da Copa América. Feito que os chilenos, que entram com o badalado Alexis Sánchez como o maior astro da delegação, nunca conseguiram.
Por isso, o atacante do Udinese, disputado a peso de ouro por gigantes como Barcelona e Chelsea, tem missão parecida com a de Messi e Neymar, mas um pouco até maior: não ganhar apenas seu primeiro troféu com o Chile, mas levar o primeiro troféu de peso em toda a história da seleção andina, que estreia diante do México.
Convidados, os mexicanos, assim como a Costa Rica, chegam à Argentina com uma equipe formada basicamente por atletas sub-23 por conta da recém encerrada Copa Ouro.
Paraguai sem Cardozo, aposta em argentino. Colômbia vai de Falcao

Considerado o rival mais complicado para o Brasil no Grupo B, o Paraguai chega para a Copa América sem o seu principal jogador na Copa do Mundo de 2010: Oscar Cardozo. O matador do Benfica, sem nenhuma explicação, ficou fora da lista do técnico Gerardo Martino. A esperança de gols agora fica ao cargo do argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios, campeão alemão com o Borussia Dortmund na última temporada. Os guaranis fazem seu primeiro jogo na Copa América diante do Equador, domingo, em Santa Fé.
Se o Paraguai é o grande adversário do Brasil, a Argentina tem na Colômbia seu teste mais forte no Grupo A. E o time do técnico Hernan Dario Gomez conta com a excepcional fase de Radamés Falcao, figura de destaque do Porto campeão português e da Liga Europa, para complicar a vida dos hermanos.
A Copa América pode não ter um brilho tão intenso como o de um Mundial, mas tem estrelas que estão encantando o planeta.

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