Cobrar, sim; vigiar, não. Pelo menos esse é o pensamento de Léo Moura. O jogador, que está no Flamengo desde 2005 e já sofreu na pele a pressão da torcida, afirmou que a cobrança sobre os jogadores é válida, mas garantiu que é desnecessário uma patrulha por parte de torcedores para regular a vida particular dos atletas. Nesta quarta-feira, um dia depois de integrantes de facções organizadas terem ido ao Ninho do Urubu para tentar conversar com o grupo, o lateral-direito saiu em defesa de Ronaldinho Gaúcho, muito criticado pelos excessos nas noites cariocas. E dividiu responsabilidades.
- A torcida tem o direito de cobrar, sim, pois são eles que incentivam. Mas ninguém tem que vigiar a vida dos outros. Alguns torcedores são trabalhadores e também têm o direito de curtir. Assim como os jogadores – afirmou Léo Moura.
O lateral saiu em defesa de Ronaldinho Gaúcho, principal alvo das críticas da torcida.
- É injusta a cobrança ser só em cima dele. Mas ele é um cara que sabe lidar com isso, está muito tranquilo. As críticas atingem todos nós. O Ronaldo deve achar que as cobranças são injustas, mas ele é experiente e ainda vai mostrar aqui no Flamengo tudo o que ele fez no futebol. Confiamos e queremos ajudá-lo.
Em 2009, perseguido pelas vaias de parte da torcida rubro-negra, Léo Moura chegou a direcionar palavrões para a arquibancada do Maracanã ao marcar um gol no empate em 1 a 1 com o Náutico, pelo primeiro turno do Brasileiro.
- No Flamengo existe cobrança quando ganha, perde ou empata. Os mais jovens têm que saber o que é essa cobrança. Mas isso nos dá mais força para buscar a vitória. Estou aqui desde 2005, sei como é.
Léo Moura lembrou ainda que durante o Campeonato Carioca as notícias dos excessos dos jogadores fora de campo também começaram a estampar as manchetes do Rubro-Negro. E o time acabou sendo campeão.
- Perto da semi e das finais também se falou disso e fomos campeões. Temos que nos policiar, pois o Flamengo é sempre mais visto do que as outras equipes. Mas cada um tem sua diversão. Dentro de campo, nós todos nos cobramos.
Em janeiro, Léo Moura passou a faixa de capitão para Ronaldinho. Aos 32 anos, o lateral-direito demonstrou experiência para receitar o único remédio capaz de cicatrizar as feridas abertas no Flamengo.
- Estamos com um pouco de ansiedade pelos resultados que não aparecem, um jogo que está na nossa mão e deixamos escapar. Isso complica. Só com a vitória vamos acabar com isso. A gente gosta de vencer, não de empatar. Esses pontos lá na frente farão falta.
O Flamengo voltará a campo no sábado, quando enfrentará o Atlético-MG, às 18h30m, no Engenhão
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