1 de jun. de 2011

Deivid pesa bem mais no bolso da patrocinadora do que no cofre do Fla

Órfão de Adriano e Vagner Love, pressionado pelo baixo rendimento do ataque, sem muitas alternativas no mercado, com dificuldades para contratar, o Flamengo anunciou em agosto de 2010 o acerto com Deivid, que rescindiu seu contrato com o Fenerbahçe, da Turquia, para realizar o sonho de vestir a camisa rubro-negra. E foi justamente a empresa responsável por fornecer a camisa que o atacante vestiria a responsável por arcar com a grande parte dos salários do jogador. Um investimento financeiro semelhante ao que foi feito com o Imperador, mas com um retorno bem abaixo do esperado. O jogador, que deixou a desejar no clube, amarga a reserva.
A matemática é simples. Na folha salarial do Flamengo há um dado curioso. O custo de Deivid para o Rubro-Negro é de "apenas" R$ 100 mil. A patrocinadora do clube é responsável por, aproximadamente, o triplo desse valor, o que dá garantias de pagamentos em dia. O atacante tem contrato com o clube até dezembro de 2012. Recentemente, o jogador foi sondado por outros times, mas nada de concreto chegou à diretoria.
Deivid não gera retorno financeiro para a fornecedora de material esportivo do Flamengo nem é usado em campanhas da empresa. O máximo que o atacante fez foi participar de lançamento de uma camisa retrô da Olympikus.
- Abraçamos uma ideia da diretoria (na época, o diretor-executivo Zico foi o responsável pela contratação). Não deu muito certo, acontece, não será sempre que iremos sair ganhando – afirmou uma das pessoas da Olympikus que acompanhou o desfecho da negociação.
Em abril, Deivid deu uma declaração contundente sobre a questão de seu alto salário:
- Não coloquei um revólver na cabeça da Patricia Amorim dizendo quanto eu ia ganhar. Tinha outras propostas e escolhi o Flamengo, onde sempre sonhei jogar. Parece que vim roubar.
Na atual temporada, Deivid marcou seis gols. Apesar de amargar a reserva, o atacante demonstra disposição nos treinamentos e aprendeu a viver sob pressão. Vanderlei Luxemburgo, que trabalhou com o jogador no Santos, Cruzeiro e Corinthians, tem conversado com o atleta em alguns treinamentos. O atacante também tem o carinho do grupo.

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