10 de jan. de 2014

Principal patrocinador do Botafogo critica a parceria com a TelexFree

Sergio Landau, Neville Proa e Ayrton Mandarino botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)Bota ampliou pareceria com a Viton 44 nesta semana (Foto: Vitor Silva / SSPress)
No começo da semana, o Botafogo anunciou aampliação do contrato com a empresa Viton 44, sua principal parceira e que estampa as marcas Guaravita e Guaraviton no uniforme. Porém, a parceria firmada entre o clube e a TelexFree na última quinta-feira não pegou nada bem com os patrocinadores mais antigos.  
Em entrevista ao site da "Veja", a fabricante de bebidas revelou sua indignação por dividir espaço com a companhia americana de telefonia, que teve suas operações bloqueadas judicialmente no Brasil em 2013 após ser denunciada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) por suspeita de atuar sob esquema de pirâmide financeira. 
- Esse assunto foi uma surpresa negativa. Eu não posso estar no mesmo veículo que uma empresa que, praticamente, é alienada do mercado – disse à Veja o diretor comercial da Viton 44, Neville Proa. 
O parceiro revelou que tem sido bastante questionado desde quinta-feira, dia em que a diretoria alvinegra revelou a parceria com a Telexfree. Porém, não quis adiantar se a empresa estuda rescindir o contrato com a agremiação carioca. Em nota oficial para a imprensa, a Viton 44 também mostrou todo o seu descontentamento. 
- Soubemos da investigação sobre ela aqui no Brasil somente através da imprensa. Em nenhum momento participamos ou fomos consultados sobre esta negociação. A Viton é uma empresa transparente e esperamos que nossa marca Guaraviton, líder no segmento de bebidas naturais, construída através de anos de trabalho e muita dedicação, fique bem distinta de qualquer empresa que esteja sob investigação por praticar atividades suspeitas. 
Esse assunto foi uma surpresa negativa. Eu não posso estar no mesmo veículo que uma empresa que, praticamente, é alienada do mercado"
Neville Proa
A Viton 44 patrocina o Botafogo há quatro anos seguidos. Neste começo de temporada, a parceria foi ampliada, mas os novos valores não foram divulgados. A expectativa é de que o valor tenha passado de R$ 17 milhões anuais para R$ 25 milhões. 
A Telexfree tem travado na justiça uma luta para conseguir operar no Brasil. Denunciada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) por suspeita de atuar sob esquema de pirâmide financeira, a empresa teve suas contas e operações bloqueadas pela justiça do Acre em 2013. E ainda foi multada no fim de dezembro em R$ 11 mil por entrar com recurso considerado protelatório, com a intenção de atrasar o andamento de dois processos: o que bloqueou as atividades da empresa e outro que pede a extinção do negócio.
Para entender o caso Telexfree no Brasil – clique aqui.

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