A possibilidade de a CBF organizar uma competição com 24 clubes não chegou aos ouvidos dos auditores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Mas tal manobra é desaconselhada pelo presidente do STJD, Flávio Zveiter. Para ele, a inclusão de Portuguesa, Vasco, Ponte Preta e Náutico na Série A pode inviabilizar a realização do Brasileirão 2014.
- Por mim, a CBF pode fazer o Campeonato com até 100 clubes, mas desde que não faça isso por estar cedendo a uma pressão. Se a CBF ceder, acabou. Se fizer uma competição com 24 clubes, vai permitir que um outro da Série B vá buscar uma liminar na Justiça para subir também - destacou.
Ao mesmo tempo em que pede firmeza à CBF, Zveiter critica a ameaça de uma enxurrada de ações na Justiça pela volta da Portuguesa à Série A. Na sua avaliação, falta ética aos advogados que estimulam o procedimento.
- O movimento que está acontecendo é prejudicial ao futebol. E gera uma insegurança absurda. É um movimento para gerar o caos. As declarações dos advogados são no sentido de que, quanto mais ações, melhor - criticou. - Caso se permita que o judiciário analise, a gente vai ter ações do Brasil inteiro questionando as decisões da Justiça desportiva. Isso acaba com o sistema. É o que estão pretendendo. Aí, acabou. A gente não tem mais Campeonato Brasileiro.
Apesar de a Justiça ter indeferido dois pedidos de liminar, Zveiter não se tranquiliza. Segundo ele, a CBF está nas mãos do judiciário.
- A saída é aguardar o Superior Tribunal de Justiça, que tem competência para isso, pois todas as ações geram conflitos de decisões. Aí, o STJ é que vai decidir qual ação vai prevalecer. Não tenho a menor dúvida de que, se esse movimento for adiante, não vai ter Campeonato - destacou.
A abertura de um inquérito civil pelo Ministério Público de São Paulo mereceu também críticas de Zveiter:
- Nunca vi um inquérito civil para apurar uma decisão do tribunal desportivo.
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