Elano treina no Ninho do Urubu (Foto: Márcio Alves/Agência O Globo)
Elano voltou a sorrir. Depois de um período em baixa no Grêmio, o meia estreou em grande estilo pelo Flamengo. A partida contra o Duque de Caxias reservou falta no travessão, bons lançamentos e muitos aplausos no Maracanã. Contra o Friburguense, porém, foi ainda melhor. Destaque na vitória rubro-negra, marcou um gol e mostrou que os meses de ostracismo no Sul ficaram para trás. O motivo da volta por cima? Simples. A felicidade. Há menos de um mês no novo clube, o jogador garante que agora a alegria é maior por entrar em campo.
Um dos principais reforços do Fla para Libertadores, Elano celebrou as boas atuações não só individuais, mas também coletivas. Líder do Carioca com 10 pontos em quatro rodadas, o time está no caminho para fazer uma boa participação na principal competição do continente, acredita o meio-campo.
- Estou feliz. Isso é o que importa para jogar bem. Estou feliz, leve. Um gol é sempre importante. Já na primeira partida, quase saiu, mas na segunda tive a felicidade. Para sequência, isso é importante. Temos mais três partidas antes do início da Libertadores e estamos no caminho certo.
Com passagem de quase sete anos pela Seleção, dois títulos do Brasileirão, um da Libertadores e longo período na Europa no currículo, Elano não escondeu que não estava feliz no Grêmio. Barrado por Renato Gaúcho, pouco jogou no fim de 2013 e viu no Flamengo uma oportunidade de se refazer como jogador.
- Nunca vou criticar e não costumo falar mal dos times que saio. Falo a verdade. Foi uma possibilidade (vir para o Flamengo). Fiquei de dois a três meses sem jogar e isso não me deixa feliz. Nada pessoal contra o Renato. Foi uma situação que ele montou e deu certo. Mas não me vejo nessa situação de ficar fora. Quero voltar a sonhar. Ficando fora, não tem como sonhar. Além disso, o Flamengo é uma dificuldade, uma responsabilidade. Joguei nos dois clubes dos maiores camisas 10 do planeta, Pelé e Zico. Com 32 anos, poderia ir para o Qatar, para China, mas nasci para ser jogador de time grande, para ser cobrado. Assumi a responsabilidade e sei do tamanho dela. Pode dar certo ou não. Vai depender de mim fazer dar certo. Tenho um sonho na minha frente e tenho que sonhar.
Por fim, o meia falou ainda da expectativa para competição continental e deixou claro que o que espera o Fla na Libertadores é completamente diferente do que tem sido apresentado no Carioca. Independentemente disso, ressaltou a importância de fazer um bom Estadual para chegar em boa condição para estreia contra o León, dia 12 de fevereiro, no México.
- Você não vai encontrar esse tipo de jogo na Libertadores. O bicho pega. Nos estaduais, a obrigação de fazer um bom campeonato é por se tratar de clube grande, que sempre tem que estar bem. É preciso buscar coisas positivas dentro e fora de campo para levar seja qual for a competição.
O Flamengo encara o Macaé, domingo, às 17h (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela quinta rodada da Taça GB. O Rubro-Negro tem 10 pontos e lidera a competição