21 de abr. de 2011

Aos 24, Cielo começa a sentir o peso da idade: ‘Meu corpo está mudando’

Cesar Cielo tem apenas 24 anos. Ainda assim, o maior nadador brasileiro já sente o peso dos três anos desde que se tornou campeão olímpico. Para um atleta de alto nível, cada temporada parece corresponder a uma década. Mas, no Brasil, depois de cinco anos treinando nos Estados Unidos, ele se sente tranquilo para enfrentar essas mudanças em seu metabolismo.

Depois do turbulento fim da parceria com técnico australiano Brett Hawke, Cielo comemora o fato de agora ter o acompanhamento diário de Alberto Soares, o Albertinho.

- A comunicação que eu tenho com o Albertinho e com o Luciano (D’Elia, preparador físico) é muito boa. Toda semana a gente faz reunião, acerta as coisas. Ao mesmo tempo que sinto que tenho uma ideia do que preciso fazer, também sei que o meu corpo está mudando. Não estou crescendo mais, não tenho mais aquela facilidade de descansar como antes. Então, estou usando bastante a experiência deles junto com a minha para a gente adaptar sempre o que puder para não forçar a barra e fazer as coisas só porque estão no papel.

Na prática, os treinamentos no Brasil, com o P.R.O. 16, em São Paulo, seguem o mesmo padrão do que os dos Estados Unidos. As diferenças ficam apenas por conta da necessidade de adaptação devido às mudanças físicas que o nadador tem sentido.

- Os treinos continuam fortes como sempre foram. Aqui, eu nado um pouco mais de volume. O Albertinho gosta de dar um pouquinho mais de metragem. Mas isso está me ajudando também porque eu sinto que, com o tempo, o meu corpo foi mudando um pouco. Com a idade, eu sinto que estou precisando nadar mais. Estou com mais dificuldade de manter o peso, não posso mais comer o que queria como fazia antes. Então, é uma vida mais controlada – disse Cielo, que esta semana está participando no Rio de Janeiro da penúltima seletiva para o Mundial de Xangai.

Em Auburn, no Alabama, Cielo costumava passar o primeiro semestre do ano isolado. Embora tenha trocado a tranquilidade de uma pacata cidade americana pela vida agitada entre a ponte aérea Rio-São Paulo, o nadador garante que aqui está mais em paz.

- A tranquilidade que estou tendo de ficar aqui no Brasil é muito maior. Pessoal tem me perguntado bastante sobre isso e eu respondo: “Troquei o Alabama pelo Rio de Janeiro”. Então, não tem como ficar muito melhor do que isso não. Sol, minha família e meus amigos por perto... A paz e a tranquilidade que eu tenho aqui no Brasil são muito maiores.

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