Daniele Hypolito e Jade Barbosa fazem parte da história da ginástica. Elas disputaram Olimpíadas, Jogos Pan-Americanos, Mundiais e outros campeonatos dentro e fora do país. As duas brasileiras, porém, estavam sem rumo desde o fim da equipe de ginástica no Flamengo. Daniele treinava em um clube de São Paulo. Jade estava parada. De olho nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, as brasileiras voltaram para a antiga casa, o CEGIN (Centro de Excelencia de Ginastica), em Curitiba. O local tem uma estrutura que Daniele Hypolito classifica como a melhor do país.
Dona da primeira medalha de ginástica conquistada por uma brasileira, no Mundial de 2001, ela fala sobre a saída do Flamengo e a volta para Curitiba. Em grave crise financeira, o clube carioca encerrou as atividades olimpícas no início do ano.
Somos atletas que não podemos ficar paradas porque, na hora de cobrar, a cobrança vem"
Daniele Hypolito
- Nós somos atletas que não podemos ficar paradas porque, na hora de cobrar, a cobrança vem, e as pessoas vão querer saber do resultado. Ninguém vai querer saber se fomos mandadas embora, o que aconteceu. Então, eu tive tranquilidade de me abster de qualquer problema, vim por opção e pela oportunidade. A estrutura que o CEGIN tem hoje é a melhor do Brasil - afirmou Daniele Hypolito, em entrevista ao programa Globo Esporte desta sexta-feira.
Além de voltar a treinar em Curitiba, Daniele e Jade reencontram os antigos técnicos. Os ucranianos Oleg Ostapenko e Iryna Ilyashenko foram os “professores” delas no início da carreira:
- Estou muito feliz de ter vindo para cá, poder estar treinando aqui e de poder estar com os mesmos técnicos com quem eu tive oportunidade de aprender a ginástica - comentou Jade, também em entrevista para o programa Globo Esporte.
Tanto Daniele Hypolito, de 28 anos, quanto Jade Barbosa, de 21, querem esquecer o fim da equipe de ginástica do Flamengo e focar apenas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. A primeira quer garantir a vaga para fazer a despedida dela em casa.
Em 2015, quero ter a maior tranquilidade possível para classificar o Brasil para 2016 e tentar fazer o máximo"
Jade Barbosa
- Este ano, quero ter uma base de campeonatos fortes para poder, no ano que vem, já ter outra visão. Em 2015, quero ter a maior tranquilidade possível para classificar o Brasil para 2016 e tentar fazer o máximo e o melhor possível para encerrar minha carreira em casa. Acho que eu tive altos e baixos na minha carreira, mas eu me orgulho de ter feito tudo o que fiz.
Apesar de ser sete anos mais nova que a companheira, Jade também é uma referência para outras meninas que estão começando no esporte. Durante os treinos em Curitiba, por exemplo, as atletas mais novas prestam atenção a todas as dicas dela:
- É uma situação totalmente nova para mim. Como eu saí daqui e fui direto para o Flamengo, eu conheci as crianças de lá. Então, já tinha intimidade, já chegava e estava acostumada ao carinho. Aqui, eu não conhecia as meninas. Então, eu vi a admiração delas. Então, foi muito legal. Ver que elas me respeitam. É muito legal trabalhar como as mais velhas trabalhavam comigo.
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