25 de abr. de 2013

Dedé entra na Justiça do Trabalho para desbloquear sua transferência


Dede Cruzeiro (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)Dedé já vestiu a camisa do Cruzeiro
(Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
O zagueiro Dedé entrou nesta quinta-feira na Justiça do Trabalho para conseguir a liberação de seus direitos federativos, que estão presos na Federação de Futebol do Rio (Ferj) por causa de uma dívida do Vasco com a Fazenda Nacional. O jogador foi vendido pelo clube carioca ao Cruzeiro na semana passada por R$ 14 milhões, mas o órgão do Governo Federal, credor de R$ 50 milhões do Cruz-Maltino, conseguiu mandado de segurança que bloqueia a transferência. Por isso, os representantes do zagueiro decidiram entrar na Justiça com a alegação de que ele não pode ter impedido seu direito de trabalhar.
- Já demos entrada no processo. Tomamos todas as providências e estamos esperando uma resposta do nosso advogado - disse um dos empresários do jogador, Giuliano Aranda, o ex-atacante Magrão.
O advogado de Dedé impetrou nesta quinta-feira um mandado de segurança em segunda instância no Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro junto à 9ª Vara de Execução Fiscal, que impediu a transferência do jogador. A tendência é que nesta sexta o desembargador dê o seu parecer.
Enquanto aguarda a resposta sobre o pedido de liberação na Justiça do Trabalho, Dedé não pode estrear pelo Cruzeiro. O presidente da Ferj, Rubens, Lopes, confirmou que, por enquanto, a entidade acata o mandado de segurança obtido pela Fazenda Nacional.
- Existe um impedimento judicial para que o Dedé seja transferido para qualquer lugar. Se o Vasco está devendo a alguém, a pessoa não pode ficar sem trabalhar por conta de uma dívida do outro. Penso que o Vasco deve conseguir reverter a situação - disse o dirigente à Rádio Brasil.
Antes de confirmar a venda de Dedé, o Vasco fez acordo com Romário, que havia conseguido a penhora dos direitos do jogador. Porém, o clube não previa a ação da Fazenda, que negocia com o clube desde o início do ano passado. Os dirigentes cruz-maltinos queriam fazer pagamentos com prestações suaves ao longo de mais de dez anos, enquanto a Fazenda, que não aceitou a pedida vascaína, insiste em quitação em 24 meses.
Já demos entrada no processo. Tomamos todas as providências e estamos esperando uma resposta do nosso advogado"
Giuliano Aranda, empresário de Dedé
Hoje, o clube tem cerca de R$ 20 milhões penhorados, que servem de abatimento da dívida de R$ 50 milhões. Na venda de Dedé, a Fazenda entrou com mandado de segurança para receber parte do dinheiro da transação. O Vasco argumenta que já gastou toda a verba depositada pelo Cruzeiro na semana passada.
- Recebemos os recursos à vista e já os utilizamos integralmente para o pagamento de salários atrasados, encargos trabalhistas e outras das muitas dívidas do clube. O caso está com o departamento jurídico do Vasco, mas, sinceramente, não sei mais o que pode ser feito - afirmou o diretor geral do clube, Cristiano Koehler, ao tomar conhecimento do mandado de segurança conseguido pela Fazenda

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