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Poderia ter sido a noite para o torcedor do Atlético de Madri extravasar. Cristiano Ronaldo, talvez o maior empecilho, não estava em campo. Özil, Higuaín e Sergio Ramos também não entraram. E Falcao García ainda deixou a sua marca. Mas mesmo diante de tantos desfalques, o Real Madrid conseguiu derrotar o rival de virada e ampliar uma já incrível sequência de invencibilidade com os 2 a 1 em pleno Vicente Calderón, neste sábado, pela 33ª rodada do Campeonato Espanhol.
Foi do colombiano o primeiro gol da partida, logo aos três minutos. Depois o argentino Di Maríaapareceu para brilhar. No empate dos merengues, ele chutou e contou com desvio precioso de Juanfran para enganar o goleiro Courtois. Na etapa final, o camisa 22 selou o triunfo com um chute cruzado, em contra-ataque.
O resultado aumentou para 25 jogos a série invicta do Real sobre o Atlético, sendo que os últimos dez encontros terminaram em vitória para os merengues. A última vez em que os colchoneros saíram sorrindo aconteceu ainda no último milênio, no dia 30 de outubro de 1999, quando fizeram 3 a 1 no maior rival.
Desta forma, a equipe de José Mourinho diminuiu a vantagem do líder Barcelona para 11 pontos, já que Lionel Messi e companhia apenas empataram com o Athletic Bilbao, por 2 a 2, também neste sábado. Catalães somam agora 85 pontos, contra 74 dos merengues. Para o título sair na próxima rodada, o Real precisará tropeçar diante do Valladolid no Santiago Bernabéu e o Barça ainda superar o Bétis, no Camp Nou.
O Atlético, por sua vez, tem praticamente a terceira colocação assegurada, com 68 pontos - 13 a mais do que o Real Sociedad, quarto e que ainda entra em campo no domingo em confronto decisivo diante do Valencia, o quinto. A posição levará o time dos brasileiros Diego Costa, Miranda e Filipe Luis diretamente para a fase de grupos da próxima edição da Liga dos Campeões. Assim como muito provavelmente acontecerá com o Real de Kaká, também titular neste sábado, mas dono de apagada atuação.
O grande motivo para o Real ter poupado alguns de seus titulares chama-se Borussia Dortmund. Já na próxima terça-feira, pelo segundo jogo da semifinal da Liga dos Campeões, o time espanhol tentará a classificação heroica diante dos alemães. Na ida, na última quarta, sofreu uma pesada derrota por 4 a 1 e agora precisará de ao menos um triunfo por 3 a 0 para garantir vaga na decisão de Wembley. O GLOBOESPORTE.COM acompanhará o jogaço a partir das 15h (de Brasília). A bola rola às 15h45m.
Início quente no 'Caldeirão'
Atlético e Real podem não ter feito o clássico com mais oportunidades do mundo ou não terem consagrado os goleiros rivais, mas não se pode dizer que o jogo no Vicente Calderón foi ruim. Nem morno. Aquecido por conta da obsessão dos colchoneros em quebrarem a incômoda marca, o confronto teve os ingredientes necessários, incluindo aí uma alta dose de cartões amarelos.
Foi o Atlético quem saiu na frente. E logo com o seu grande artilheiro. Aos três, após falta cobrada da intermediária, Diego López espalmou para o lado, Godín cruzou na medida eFalcao García apareceu na pequena área para completar de cabeça.
Durou pouco a vantagem dos donos da casa. Aos 12, Di María arriscou de longe e contou com um desvio decisivo de Juanfran. A bola, que antes iria para fora, morreu no cantinho direito do goleiro Courtois.
Atlético pressiona, mas Di María decide
O Atlético voltou melhor para a etapa final. Parecia decidido que o jejum deveria acabar nesta noite, justamente quando o arquirrival não contava com algumas de suas estrelas. A pressão começou aos 11, quando Gabi tabelou com Raúl García e saiu na cara de Diego López. A conclusão, porém, saiu completamente torta. No minuto seguinte, Raúl resolveu chutar de fora da área e assustou.
A qualidade, no entanto, acabou fazendo a diferença a favor do Real. Aos 17, em contra-ataque, Benzema deu lindo toque em diagonal para Di María. O argentino finalizou no contra-pé de Courtois para consumar a virada no placar.
Após algumas substituições, entre elas a de um apagado Kaká para a entrada de Xabi Alonso, o Atlético seguiu ocupando o campo ofensivo na maior parte do tempo. Faltou conseguir infiltrar na defesa merengue como o Borussia Dortmund fez na última quarta-feira. Apenas Filipe Luis, aos 39, teve a real chance do empate. O chute foi para fora, para o desespero de quem não sabe o que é ganhar o clássico desde o último milênio
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