28 de abr. de 2014

Não Quero Cabeça de Ninguém.

Derrota mais besta essa de ontem. Nem foi surpreendente, o Flamengo já entrou em campo meio derrotado por uma justificadíssima falta de confiança que se irradia do time até o mais distante torcedor. Além do Jayme escalar aquele meio de campo desanimador a falta de pique do resto do time em campo fazia o Flamengo parecer aqueles cariocas que ficam mal humorados, de tromba, quando tem que passar o fim de semana em São Paulo. Até me identifiquei. Domingos longe de casa e da família já não são muito legais, mas domingos em São Paulo podem ser mesmo terríveis.
E foi nesse astral borocoxô que a bola começou a rolar. Minha impressão de leigo: nenhum dos 22 caras em campo queria porra nenhuma com o jogo. O Corinthians é previsível, retrancado e sem nenhum brilho, a cara do Mano Menezes. O Flamengo, por sua vez, é um time imprevisível, nunca se sabe quem é o artista que vai fazer alguma cagada, vulnerável na defesa e muito cansado. O Flamengo é também um time arame liso, que cerca e não machuca. Cisca muito ali na frente mas chuta pouco ao gol e no mais das vezes chuta mal.
O jogo foi raso e o resumo é simples: o Flamengo deu uns moles lá atrás e os caras foram lá e fizeram. E quando os caras deram mole lá perto do gol deles nós não soubemos fazer. E Léo Moura, na boa, em respeito à trajetória do homem público, já passou da hora de pegar uma compulsória. A sua expulsão foi extremamente benéfica à equipe, que com a média de idade mais baixa e menos um pra errar não demorou a apresentar um futebol mais dinâmico, veloz e agradável aos sentidos. É curioso como o Flamengo, desde os tempos do Cadu, tem jogado sempre melhor com 10 em campo.
A derrota que nos jogou na zona logo na 2ª rodada do Brasileiro inaugurou oficialmente a temporada de corneta, vuvuzela e outros instrumentos de sopro na sempre participativa torcida do Flamengo. Vagabundo está boladíssimo e vociferam pelas redes sociais lançando seus argumentos como se fossem sinalizadores em passeata. A revolta é justa e sei que não é somente pelos vinte centavos, mas nego tá atirando pedras a esmo.
Não posso concordar em absoluto com essa onda reformista que se instalou entre alguns rubro-negros. Querem salvar o Flamengo de uma suposta inépcia do comando do futebol rubro-negro sugerindo marcar o início de uma época dourada do Flamengo exibindo a cabeça do Jayme na ponta de uma lança. Mas se é mesmo a diretoria inepta a responsável pela má fase e pelo mau futebol por que é que o Jayme, que pegou o bonde andando e ganhou 2 dos 3 títulos que disputou, que tem que ir pra vala? Vamos botar algum sentido nisso aí, rapaziada.
O time do Flamengo é ruim porque o elenco é fraco e capenga. Faltam peças em vários setores e em alguns deles as peças estão gastas ou ultrapassadas. Mas se tem um cara que nunca foi consultado durante a montagem desse elenco esse cara é o Jayme. Ele trabalha com o que tem, se o que tem é pouco muito ele não pode fazer. Mudar de técnico agora, só porque tá putinho com uma derrota estúpida, é a mesma coisa que pintar as paredes do quarto com cores pastéis para melhorar o astral do casamento. Vai adiantar nada, só vai dar despesa e dor de cabeça futura.
Vamos com calma aí nessa brincadeira de Fora, Fulano! Tá cheio de 171 na pista e tenho certeza de que a última coisa que o Flamengo precisa no momento é de um professor caôzeiro bom de entrevista. Quando a fase é de baixa nêgo precisa é de paz pra trabalhar. Um pouco de pressão é bom, mas a pressão não pode ser excessiva senão quebra. Nunca ouviram falar naquela teoria de que em certas ocasiões é melhor não mexer pra não feder mais?
Mengão Sempre
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Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo no sócio torcedor.

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