Bastou o Paris Saint-Germain mostrar publicamente o seu interesse em Cristiano Ronaldo que a imprensa espanhola já deixou claro: o craque luso é inegociável no Real Madrid. De acordo com o jornal "AS", o atacante renovaria o seu contrato até 2018 (atualmente é até junho de 2015) para manter o alto valor de sua multa rescisória (cerca de R$ 275 milhões) e afastar desta forma a cobiça de outros milionários do continente.
É dentro de campo, porém, que o camisa 7 prefere dedicar suas palavras. Em entrevista ao site da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Cristiano reconheceu que não pode viver dependende de prêmios individuais como a Bola de Ouro, conquistada em 2008 e nas mãos de Lionel Messi, do rival Barcelona, desde então. Ele revelou estar ansioso para o anúncio do melhor do mundo no dia 7 de janeiro, mas sabe que não será algo que mudará sua vida.
- O que ficar decidido ficará. Se calhar vou ficar muito contente, ou muito triste, mas é a lei da vida, não posso viver dependente um prémio individual, não seria justo - disse, deixando claro que o seu desejo é levantar o prêmio em Zurique, na sede da Fifa.
- A carreira não fica marcada pelos troféus individuais, mas sim pelos coletivos, que são os mais importantes. Por isso se ganhar será perfeito, se não ganhar paciência, a vida continua, vou continuar a ser a mesma pessoa. Mas é óbvio que gostava de ganhar, não vou ser hipócrita e mentiroso. É algo que ambiciono, mas não vou viver isto como uma guerra: se não ganhar o mundo acaba, não, injusto ou justo será o que tiver que ser, por isso tenho que viver tranquilo, continuar a ser feliz e fazer aquilo que mais sei que é jogar à bola e dar o meu melhor.
Na entrevista, Cristiano Ronaldo também falou sobre a pressão de conquistar algum título com a seleção portuguesa. O craque relembrou as campanhas nas Eurocopas de 2004 (finalista) e 2012 (semifinalista) com algum ressentimento na memória.
- Se virmos a última competição importante, fomos batidos nos pênaltis pela seleção espanhola. Como digo, para ganhar uma grande competição é preciso ter alguma sorte e não é isso que tem acontecido nos últimos anos a Portugal, tem faltado aquela pequena estrela. Essa não é a justificação mas acho que em todos os troféus importantes que um clube ou uma seleção vencem tem que haver essa estrela, e isso tem faltado.
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Ele cobrou, inclusive, que as conquistas apareçam com alguma urgência.
- Já está na hora de Portugal vencer um troféu importante, devido àquilo que temos feito e jogado nos últimos anos: falta-nos um troféu importante. Acreditar nos faz crescer, sei que é difícil, uma tarefa muito complicada mas já tivemos muito perto, duas ou três vezes de conseguir algo muito importante.
Por fim, para o atacante do Real Madrid, defender o seu país é algo incomparável.
- Ir à seleção é o auge, para mim é um privilégio, não é por acaso que cheguei há pouco tempo às 100 internacionalizações. Na história só há dois jogadores (Luis Figo e Fernando Couto) que o conseguiram, para mim, com apenas 27 anos, conseguir essa marca foi algo único - encerrou.
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