2 de mai. de 2011

Victor Simões convive com ótima fase e 'vida noturna' agitada na Arábia

Vivendo há cerca de um ano na Arábia Saudita, o atacante Victor Simões, do Al-Ahli, não sentiu problemas com a adaptação por já ter jogado na Bélgica e na Coreia do Sul. Entretanto, o brasileiro não nega que é estranho treinar num horário em que deveria estar se preparando para dormir.



- Na verdade, nem tive tempo para sentir. Já cheguei jogando e não pude parar para pensar muito nisso. Fora de campo o problema são os horários, os treinos acontecem à noite por causa da vida e do calor. Eles dormem às três da manhã e acordam às cinco da tarde. A vida aqui começa às oito da noite e durante o dia você não encontra nada aberto - afirmou por telefone ao GLOBOESPORTE.COM.

Artilheiro do Campeonato Saudita com 16 gols, o Pantera convive com uma situação peculiar. Apesar do excelente rendimento do brasileiro e, consequentemente, do ataque, o time não vai bem e está longe da briga pelo título, ocupando apenas a oitava posição na tabela de classificação.

- Temos o melhor ataque, o artilheiro, mas também a pior defesa do campeonato. Realmente é estranho um time que tem o artilheiro não estar lutando pelo título mas estamos fazendo nossa parte. Temos evoluído nos últimos anos e chegamos a brigar por um título no ano passado - lembrou.

O goleador acabou ficando mal acostumado na Arábia Saudita. Passar um jogo sem marcar é comum na vida de qualquer atacante de ponta. Exceto para Victor Simões.

- É difícil eu ficar um jogo sem marcar. Geralmente faço um por partida. Claro que a liga árabe é mais fraca que a brasileira mas não existe mais jogador bobo no futebol. Na Arábia Saudita temos o futebol mais forte da região, é o que tem mais times competitivos - explicou.

Os sheiks árabes são conhecidos pela generosidade com os astros de seus clubes e no caso do Al Ahli não é diferente. Victor nunca ganhou presentes exuberantes e, caso ganhe um carro esportivo algum dia, não pretende ficar com o "brinquedo".

- Se o time ganha eles dão tudo, aqui não tem miséria. Se me derem um carrão eu vendo. Primeiro tiro uma onda, mas depois eu vendo - brincou


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