7 de mai. de 2011

Milan empata com Roma e conquista o seu 18º scudetto por antecipação

O Milan não fez um Campeonato Italiano espetacular, mas pode dizer que sobrou. Com o empate por 0 a 0 contra o Roma, neste sábado, no estádio Olímpico, pela 36ª rodada, os rossoneros se sagraram campeões pela 18ª vez em sua história e, melhor ainda, com três jogos de antecipação.

O resultado joga a equipe para os 78 pontos, contra 69 do Inter de Milão, que não pode mais alcançá-la por perder no confronto direto, primeiro critério de desempate. O Roma, com 60, segue na briga por uma vaga na Liga dos Campeões da próxima temporada e terá de torcer contra Lazio, Udinese e Juventus.

Brasileiros em alta


Os brasileiros Thiago Silva, Robinho e Alexandre Pato estiveram em campo e puderam comemorar o primeiro título pelo Milan - o ex-Internacional estava no grupo, mas não participou da conquista do Mundial de 2007. Elogiado pela crítica, o zagueiro foi quem mais atuou dentre os brasucas (30 vezes e ainda marcou um gol).



Titular incontestável e nome da goleada sobre o rival Inter de Milão no segundo turno, Alexandre Pato começou no banco após voltar de uma lesão muscular - problema que o perseguiu durante a temporada -, mas terminou a competição como artilheiro do time, com 14 gols em 22 partidas, ao lado do sueco Ibrahimovic. Robinho, também com grande parcela de importância, anotou 12 e ainda deu três assistências em 32 jogos (24 como titular). Já Ronaldinho Gaúcho, que se transferiu para o Flamengo em janeiro, atuou por 11 vezes na Série A e também deu três passes para gol.

conquista quebra um jejum do Milan que durava desde a temporada 2003/04, quando o time comandado por Nesta, Maldini, Kaká e Shevchenko levou o caneco. Desde então, o Internazionale faturou todos os cinco títulos – o Juventus perdeu dois no tribunal. Agora, cada clube de Milão soma 18 scudettos, enquanto a Velha Senhora ainda lidera com ampla vantagem (27).



O fato de não ter sofrido gols significa ainda um recorde para a defesa do Milan, liderada pelo brasileiro Thiago Silva, que igualou à equipe do técnico Fabio Capello de 1993/94. Na ocasião, o Rubro-Negro sofreu somente seis gols em todo o segundo turno (que correspondia 17 jogos). O time atual pode superar essa marca caso “passe em branco” também contra o Cagliari, no San Siro, e o Udinese, no Friuli, nos dois próximos fins de semana.

Roma é melhor na etapa inicial

Com Gattuso no lugar de Flamini, autor do gol da vitória sobre o Bologna, o Milan entrou em campo ainda mais ligado à defesa. Mas foi quem teve a primeira boa chance, aos oito minutos. Boateng recebeu de Seedorf e arriscou da entrada da área. A bola passou por cima do gol de Doni, com perigo.

O Roma, no entanto, era melhor e marcava presença no campo ofensivo com maior frequência. Aos 13, Cassetti deu uma linda caneta em Zambrota e cruzou da direita. Vucinic dominou, ajeitou com o peito e emendeu forte. Abbiati se antecipou e fez bela defesa.

Apesar do domínio dos mandantes, os goleiros pouco trabalhavam. Até o fim da etapa final o Roma teve apenas outra boa chance, com Rosi, aos 36 minutos. Ele foi lançado por Simplício, puxou para a esquerda e chutou para a defesa do goleiro.

Robinho acerta a trave, mas 0 a 0 dá título ao Milan

O Milan voltou para a etapa final com Ambrosini e também com postura mais ofensiva, que pôde ser comprovada logo a um minuto, com Robinho. O atacante brasileiro recebeu de Abate, puxou para a direita e emendou na trave esquerda de Doni. No rebote, a defesa do Roma afastou o perigo.

Ambrosini era importante na ligação entre os dois campos e também aparecia com perigo. Aos 14, o meio-campista descolou passe espetacular para Boateng. O ganês tirou demais de Doni e viu a bola passar raspando a trave. Três minutos depois, Ibrahimovic soltou a bomba em cobrança de falta e obrigou o braslieiro a espalmar.

Com qualidade no banco, Allegri pôs Alexandre Pato em campo aos 28 minutos no lugar de Robinho. Artilheiro do time ao lado de Ibra, com 14 gols, o brasileiro praticamente não teve chances. Mas a defesa tratou de afastar qualquer ameaça para garantir mais um scudetto.

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