O Corinthians fez sua parte e tocou para longe de Toyota a zebra africana ao vencer o Al Ahly e se garantir na decisão do Mundial de Clubes nesta quarta-feira. Agora chegou a vez de o Chelsea mostrar que a decepção com a eliminação precoce na fase de grupos da Liga dos Campeões já é o bastante neste fim de ano e cravar uma final de favoritos no próximo domingo. Para isso, os Blues encaram o Monterrey, do México, nesta quinta, às 8h30m (de Brasília), no Estádio Internacional de Yokohama, pela semifinal da competição organizada pela Fifa. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, com vídeos, enquanto o SporTV transmite ao vivo.
Longe de ser a menina dos olhos do torcedor inglês, o Mundial tornou-se questão de honra no Chelsea após a frustração de ser o primeiro detentor da "orelhuda" a cair ainda na primeira fase da Champions. Se ainda não é suficiente para curar as feridas do passado recente, o título é visto como remédio ideal com doses de confiança e motivação para um retorno revigorado para o Campeonato Inglês. Sendo assim, vencer o Monterrey é parte fundamental de um processo de reconstrução que começou com a troca de Roberto Di Matteo por Rafa Benítez, passou por uma tempestade de protestos no início, mas vem de duas vitórias animadoras contra Nordsjaelland, da Dinamarca, e Sunderland, nas últimas partidas.
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Do outro lado, o Monterrey entra em campo ao melhor estilo de que “o que vier é lucro”. Bicampeão da Liga dos Campões da Concacaf, o time mexicano já conseguiu apagar o vexame do Mundial passado, quando foi eliminado ainda nas quartas de final, ao vencer o Ulsan, da Coreia do Sul, por 3 a 1, último domingo. Com a “missão cumprida” no Japão, os listrados, como são chamados em seu país, vivem momento completamente oposto aos rivais: sem nenhuma pressão e com a certeza de que um triunfo os colocará na história.
Benítez esmiúça rival e projeta: 'Vai ser difícil'
Depois de meses evitando o assunto Mundial, o Chelsea parece ter feito direitinho o dever de casa sobre os adversários na competição. Muito questionado por jornalistas mexicanos sobre o Monterrey durante entrevista coletiva, Rafael Benítez demonstrou bom conhecimento do adversário desta quinta, dando a certeza de que se cercou de todos os cuidados para evitar surpresas.
- Sabemos que Suazo era uma peça importante e que, ao lado de De Nigris, poderia ser a maior ameaça, mas o Monterrey é um time com muito equilíbrio. Há bons jogadores pelas pontas. Não me lembro bem o nome de todos, as imagens que recebi não eram das melhores, mas há um rapaz muito bom pela direita (Corona), um outro pelo meio (Ayovi). O goleiro também sai bastante para ajudar a defesa. Eles podem mudar a forma tática dentro de um jogo, ou com troca de passes ou com bolas longas para o ataque. Vai ser difícil.
Para partida, o treinador tem apenas um desfalque em relação ao time que venceu os dois últimos compromissos: com uma lesão no joelho, Oriol Romeu sequer viajou ao Japão e precisará passar por cirurgia. Com isso, Obi Mikel deve ser a única novidade. Novamente à disposição após dois meses, Lampard é a outra opção, mas a expectativa é de que comece no banco, assim como Oscar.
Reserva nos últimos três jogos, o brasileiro é a primeira opção caso Eden Hazard, único membro do trio de armadores que ainda não foi sacado por Benítez, seja poupado. Em entrevista, porém, o treinador deu a entender que o camisa 11 voltará ao time aos poucos e ainda precisa passar por um processo de adaptação ao futebol europeu.
Mexicanos tranquilos e confiantes
Com Oscar ou não, o Monterrey garante que não teme o Chelsea. Tão minucioso em sua análise quanto Rafa Benítez, o mexicano Victor Manuel Vucetich elogiou a mistura de estilos do rival, mas garantiu que não fará nada de diferente do que está habituado para montar na zebra em Yokohama.
- O Chelsea é uma equipe forte física e tecnicamente. Há jogadores altos como Cahill, Ivanovic, David Luiiz, mas há outros mais baixos e com muita rapidez e técnica na zona de ataque. É assim com Mata, Hazard, Ramires... Eles não são muito fortes, mas são inteligentes. Nossa força está no trabalho em equipe e também temos nossos jogadores com nível internacional. Não vamos fazer nada diferente do que temos feito, vamos respeitar o nosso estilo.
A confiança o comandante contagiou os jogadores. Campeão olímpico contra o Brasil, o lateral-esquerdo Darvin Chávez manteve a linha de raciocínio otimista e usou até mesmo a decisão do ouro em Londres como prova de que não teme ninguém.
- A experiência que tivemos nas Olimpíadas é importante para esse jogo. Mostra que quem está ali é apenas mais um jogador e que podemos detê-lo. Estamos aqui com o desejo de triunfo, de fazer algo importante para o Monterrey e para o México.
Assim como os Blues, o Monterrey não deve ter surpresa na escalação, com a manutenção dos 11 titulares que venceram o Ulsan, nas quartas de final.
Orozco, Pérez, Basanta, Mier e Chávez; Corona, Ayovi, Meza e Neri Cardozo; Chelito Delgado e Aldo De Nigris. | Cech, Ivanovic, Cahill, David Luiz e Ashley Cole; Obi Mikel e Ramires; Moses, Mata e Hazard; Torres. |
Técnico: Victor Manuel Vucetich. | Técnico: Rafa Benítez. |
Data: 13/12/2012. Estádio: Internacional de Yokohama. Árbitro: Carlos Vera (Equador). | |
Transmissão: o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real a partir das 8h30m (de Brasília). |
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