No amistoso entre Brasil e Suécia em Estocolmo, Lucas não teve chance de encontrar ZlatanIbrahimovic , seu futuro companheiro de Paris Saint-Germain. Mas soube que o sueco espantou-se com os € 45 milhões (R$ 112 milhões) pagos pela contratação dele. Ibra disse que "por esse preço, ele (Lucas) tem que ser bom". Uma pressão e tanto, mas que o meia-atacante de 20 anos encara como um desafio.
- Sem dúvida, pela repercussão que a transferência teve, por ser um valor recorde, isso só aumenta a minha responsabilidade. Mas fico contente que tenha acontecido isso, mostra que meu trabalho tem sido bem feito e agora só tenho que trabalhar bastante para chegar lá muito bem e corresponder às expectativas - afirmou.
Se Ibrahimovic disse ter visto Lucas em ação somente por alguns minutos nas Olimpíadas, o brasileiro revelou sua admiração pelo atacante sueco.
- Para mim, ele é um excelente jogador, um dos melhores de sua posição. Espero que a parceria com ele dê certo. Vi o Ibra saindo do ônibus da Suécia, mas foi só. Ainda não conversei com ele.
Aulas de francês
Até que Lucas se apresente ao PSG e os dois virem companheiros de equipe, o meia-atacante ainda terá quatro meses pela frente no São Paulo. E Lucas traçou objetivos bem claros para esse período.
- Claro que a gente quer logo chegar ao novo clube, mas eu também quero aproveitar um pouquinho do Brasil, ajudar o São Paulo a chegar à Libertadores e, se possível, conquistar um título. Também vou aproveitar minha família, meus amigos e o meu país. Quero arrumar as coisas com calma, vou ter tempo de acertar tudo antes de chegar a Paris. Também vou usar esse tempo para fazer umas aulinhas de francês e não chegar lá sem saber de nada.
Quase uma semana após a derrota para o México na disputa do ouro nas Olimpíadas de Londres, Lucas diz que ainda se sente chateado, mas também consegue ver motivos para se orgulhar da medalha de prata que conquistou.
- Independentemente de eu ter jogado ou não, queria entrar para a história com a medalha de ouro. Queria poder comemorar junto, era o objetivo de todos. Por outro lado, também fico contente por conseguir uma medalha. Foi de prata, não era a que a gente queria, mas uma medalha é algo muito difícil. Poucas pessoas tiveram a oportunidade de botar essa medalha no peito, então fico feliz por isso - garantiu.
O que Lucas mais lamenta foi não ter podido estar em campo por mais tempo nas Olimpíadas, a exemplo do que aconteceu na vitória por 3 a 0 sobre a Suécia, nesta quarta-feira, quando entrou em campo aos 38 minutos do segundo tempo no lugar de Neymar.
- Trabalhamos juntos mais de um mês para buscar um título inédito, com jogadores de excelente qualidade. De repente, a gente chega tão perto e não ganha. O clima ficou muito ruim, eu desabei no campo como vocês viram. Foi complicado. Ainda mais sem poder jogar, né? Eu queria poder ter ajudado, queria jogar. Mas no futebol a gente tem que se recuperar rapidamente, não pode ficar se lamentando. Essa partida contra a Suécia serviu para isso. Agora é olhar para a frente - encerrou.
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