Adriano foi apresentado oficialmente pelo Flamengo nesta quarta-feira e se mostrou animado para recuperar a velha forma. O atacante pediu para ficar concentrado com os jogadores, mesmo sem qualquer chance de ir a campo no momento, e tem trabalhado em dois períodos para poder acelerar sua estreia, que ainda não tem previsão de data feita pelo clube. A presidente rubro-negra, Patricia Amorim, disse estar animada com o que viu do Impearador e crê que ele tem força para voltar a ser um grande goleador do futebol brasileiro.
- Acredito (no Adriano), ele está com aquele brilho no olhar. E talento o jogador nasce com ele, ninguém adquire. Ele é um privilegiado, tem história no Flamengo, o carinho da torcida, tem tudo, só depende dele. E ele está animado. Essa história de concentrar partiu dele. Ele queria ficar 15 dias no hotel, treinar em dois períodos, acompanhar o time... Se ele quiser, sai de baixo - disse Patricia Amorim, em entrevista à Rádio Tupi.
A presidente revelou ainda que "foi convencida" de que o retorno de Adriano seria algo interessante para o Flamengo.
- Acho que o torcedor entende que o Flamengo estendeu a mão, recebeu com carinho, como a torcida queria. Fizemos tudo que tínhamos que fazer. Teve o parecer do treinador, do diretor, do departamento médico, e fui convencida de que era importante o retorno do jogador por esses profissionais. Claro, dentro de uma realidade financeira, sem jamais deixar a serenidade. O Dorival participou da reunião, falou que contava com ele, queria ele no elenco. Que se ele tivesse qualquer problema, porque às vezes o Adriano fica triste, que ele o procurasse, estava à disposição - acrescentou a mandatária flamenguista.
Patricia Amorim comentou ainda outros assuntos referentes ao clube. Confira abaixo os principais trechos da entrevista à Rádio Tupi.
Erro na saída de Luxa
"Claro que sim (admite erros no comando do futebol), como acertamos muito também. Sou extremamente humilde. Tenho uma gratidão muito grande com o Vanderlei (Luxemburgo). Concordo (que errou ao permitir a demissão do Luxa). O time ficou muito tempo fora do Rio, saiu de Londrina direto para Sucre, ficou quase um mês fora, isso realmente afasta, prejudicou a comunicação. Mas eu queria reforçar que, se no futebol, em determinados momentos não fomos felizes, na base fomos extremamente felizes".
Categorias de base
"Sempre tive como filosofia, segredo do sucesso, ainda que demorasse mais, de resgatar a máxima que craque o Flamengo faz em casa. Hoje temos seis, sete, oito, nove jogadores no time principal. E todos, do Adryan ao Vagner Love, são jogadores do Flamengo. O que temos menos é 50%. Na maioria dos casos temos 75%, 80%, porque na renovação damos ao jogador, à familia dele, 5%, 10%. É um patrimônio enorme. Quando Adryan e companhia estiverem na Seleção, vamos lembrar dessa conversa".
Sobre tentar a reeleição
"Não paro nunca (risos)".
Liedson
"Foi escolha da comissão técnica, e o jogador mostrou interesse. Cabe a nós chancelarmos. A diretoria hoje não interfere. Ela sugere, acompanha, mas não interfere (no futebol). Isso tem trazido segurança ao grupo, a autonomia do diretor, postura de liderança do treinador, decisões colegiadas dos jogadores para as premiações... E nós cumprirmos nossos compromissos, pagar em dia. Olho no olho, tem que ser assim".
Imbróglio com patrocinador
"O Jorge (Rodrigues, dono da Triunfo, uma das empresas que anunciam nos uniformes do Flamengo) é um amigo querido, amigo do Flamengo. Na hora que o Flamengo precisa, ele aparece, e nos momentos difíceis. Uma das categorias do beach soccer jogou, por descuido da própria equipe, sem (a marca da Triunfo). É uma modalidade que tem tido apelo grande de retorno nas trasmissões ao vivo. Foi um erro do departamento do beach soccer, que não tem estrutura de roupeiro, não tem isso ainda. Refizemos essa camisa, isso não vai voltar a acontecer. Pedimos desculpas, não há motivo para multa. E nem o Flamengo reconhece essa multa".
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