A expectativa, como sempre, era de um punhado de gols. Mas o Barcelona resolveu economizar diante de sua torcida e só fez dois. Foi mais do que o suficiente para derrotar os tchecos do Viktoria Plzen - time regado à cerveja -, por 2 a 0, nesta quarta-feira, no Camp Nou, pela terceira rodada do Grupo H da Liga dos Campeões. O clube da República Tcheca, lugar que mais se consome cerveja no mundo, é de Plzen, localidade na qual foi inventada não só uma marca, mas, sim, um tipo da bebida: Pilsener (de baixa fermentação).
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Apesar da grande atuação de Lionel Messi, que colocou duas bolas na trave e comandou as ações dos catalães, os gols foram marcados por Andrés Iniesta, logo aos nove minutos de jogo, e David Villa, aos 37 do segundo tempo. Tudo em ritmo de "happy-hour".
O resultado mantém a equipe de Josep Guardiola na segunda colocação da chave, com sete pontos e saldo de seis gols. O primeiro é o Milan, que derrotou o BATE Borisov pelos mesmos 2 a 0, no San Siro, na Itália, e soma sete pontos e quatro de saldo. Segundo a Uefa, o desempate a favor dos rossoneros está justamente nos gols marcados fora de casa no empate por 2 a 2 entre Barça e Milan, na estreia, no Camp Nou.
A quarta rodada do Grupo H será disputada no dia 1º de novembro, uma terça-feira, com os mandos invertidos. O Barcelona visitará o Plzen, enquanto o Milan irá até a Bielorrússia enfrentar o BATE.
Só um, Barcelona?
O primeiro tempo do Barcelona foi daqueles que todos se acostumaram a ver nos últimos tempos. Com a exceção dos gols. Não saiu do singular, marcado aos nove minutos por Andrés Iniesta – que poderia até valer por mais. Talvez por alguma falta de concentração diante da facilidade que encontravam, os catalães somente anotaram uma vez em 45 minutos no Camp Nou, em fato raro sob comando de Josep Guardiola.
As chances, sim, foram inúmeras. Aos dois, Daniel Alves e Messi tabelaram duas vezes até o lateral brasileiro concluir para fora, já na cara do goleiro Cech. Sete minutos depois, o gol: Iniesta recebeu de Messi na grande área e deu um lindo corte no marcador antes de finalizar com a esquerda.
O Barça jogava no seu estilo e ainda criou outras sete grandes oportunidades até o apito final. Em duas delas o melhor jogador do mundo pôde lamentar. Aos 22, Messi sofreu pênalti que fatalmente cobraria, mas o árbitro norueguês Tom Harald Hagen assinalou impedimento de forma incorreta. Depois, aos 46, cobrou falta caprichosamente na trave direita do Viktoria e literalmente assustou Cech, que teve de desviar o corpo para não bater na bola.
Messi: show particular
O ritmo seguiu semelhante na etapa final. A cada tentativa de ataque desperdiçada o semblante era de tristeza no rosto dos tchecos. Eles sabiam que teriam de lutar e ainda contar com alguma dose de sorte para recuperar a posse. Mas ameaçar os catalães ainda iria além.
Enquanto Valdés era um mero observador, Messi dava o seu show particular. Aos 14, ele simplesmente fez o público levantar de pé para aplaudir uma bola na trave. O craque Hermano recebeu na ponta-esquerda, deu a chamada “meia-lua” no marcador e ainda passou por outro dois em um curtíssimo perímetro próximo à linha de fundo. Sem ângulo, ele quase marcou um gol que ficaria para a história.
O próprio argentino foi protagonista novamente, aos 22, só que dessa vez optou por dar um balão no arqueiro adversário ao invés de chutar, em lance semelhante ao que fez com o goleiro Almunia, do Arsenal, em março deste ano, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. Não conseguiu dar sequência e perdeu boa chance de aumentar o placar.
Artilheiro da última Copa do Mundo, David Villa não desperdiçou quando Messi dividiu na grande área, aos 37. O atacante viu a bola sobrar limpa e emendou para o fundo das redes, fechando o placar de mais uma tranquila vitória catalã.
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