Contratado no fim de março, o atacante Luis Fabiano ainda nem reestreou pelo São Paulo e soube nesta sexta-feira que vai demorar mais um tempo para vestir novamente a camisa do Tricolor. Sem conseguir se livrar das dores atrás do joelho direito, o jogador cansou de esperar pela melhora com o tratamento convencional e foi operado na tarde desta sexta-feira pelo médico Rene Abdalla no Hospítal do Coração, localizado no Paraíso, Zona Sul da Capital paulista.
O problema de Luis Fabiano ainda é decorrente de quando ele estava na Espanha, defendendo o Sevilla, e rompeu - dia 6 de março - o tendão do músculo semitendineo, que vai do posterior da coxa ao joelho. O Fabuloso convive diariamente com as dores, classificadas de “insuportáveis” por ele mesmo, por conta de uma fibrose no local, decorrente da cicatrização. Quando faz esforço, a fibrose sangra e provoca a dor, refletida atrás do joelho.
Quando foi contratado, Luis Fabiano tinha a expectativa de estrear no dia 27 de abril, contra o Goiás, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Depois, sempre por conta das dores, a previsão passou para 4 de maio, no duelo com o Avaí pelas quartas de final da mesma competição. De novo, retorno adiado. Naquela ocasião, o médico José Sanchez já começou a cogitar a hipóteses de uma intervenção cirúrgica para fazer uma raspagem no local. A ideia seria esperar 20 dias.
O atacante treinou em campo normalmente na segunda e na terça-feira, no CT da Barra Funda. Otimista, a comissão técnica planejava marcar sua volta aos campos para o jogo com o Figueirense, dia 28 de maio no Morumbi, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Porém, após os trabalhos de quarta e quinta, ele reclamou novamente de dores no local. Nesta sexta, após novo exame, o jogador não aguentou mais esperar, procurou o departamento médico e disse que as partes deveriam pensar na cirurgia. A palavra final, no entanto, foi do médico Rene Abdala, que operou o Fabuloso. O procedimento cirúrgico durou 40 minutos.
- A cirurgia foi ótima, solucionou a lesão e a recuperação dependerá da evolução diária do jogador - disse Abdala.
- Ele se sentiu muito bem no início da semana, mas terminou os treinos de quarta e quinta reclamando de dor. Hoje, acordou bem e apesar de fazer todos os movimentos e sabermos que isso poderia evoluir bem, ele pediu para adotarmos a solução mais rápida. Decidimos então por fazer uma limpeza cirúrgica - explicou o médico são-paulino José Sanchez
José Sanchez disse que não houve erro por parte dos departamentos médicos do Sevilla-ESP, que optou pelo tratamento convencional no início, e do São Paulo, que deu sequência ao que estava sendo feito.
- Essa lesão não é grave, mas é muito rara. Em 26 anos no São Paulo, nunca peguei um caso como esse. Conversei com colegas, procuramos opiniões. Como não tínhamos experiência nesse problema antes, resolvemos optar pela recuperação clínica. No entanto, as coisas não evoluíram como esperávamos. Mas não temos nada a reclamar do Sevilla - ressaltou.
A operação e o prazo de recuperação
Na cirurgia, comandada pelo especialista Rene Abdala no Hospital do Coração, o músculo semitendineo foi ligado ao semimembranoso para evitar que o problema se repita.
O médico do clube, José Sanchez, prefere não falar em um novo prazo. Em três semanas, o jogador será reavaliado e, aí sim, o departamento deve ter um quadro mais claro da situação. Ele terá alta neste sábado, ficará em repouso absoluto em casa e, na segunda, iniciará tratamento no Reffis. Nas próximas duas semanas, ele terá auxílio de muletas e não poderá encostar o pé no chão. Na terceira semana, o camisa 9 começará a fisioterapia.
- Daqui a três semanas vamos marcar uma nova conversa com vocês e vamos colocar a evolução até essa data e dizer quando ele voltará. Decidimos fazer assim para não causar ansiedade nele - explicou Sanchez.
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