Wembley, 28 de maio: e lá vem o Manchester United. De novo. Consistente, seguro na defesa e dono de um ataque para lá de perigoso, os Diabos Vermelhos estão em mais uma decisão de Liga dos Campeões. Será a quinta ou, ainda mais surpreendente, terceira participação da equipe de Sir Alex Ferguson na finalíssima da maior competição de clubes da Europa em apenas quatro anos. Após abrir boa vantagem na Alemanha na última semana com um 2 a 0, o experiente treinador pôs a campo um time recheado de reservas nesta quarta-feira, no Old Trafford, pelo segundo jogo da semifinal. Foi o suficiente para golear o Schalke 04, por 4 a 1, e garantir uma espécie de revanche contra o Barcelona, que superou o rival Real Madrid na outra chave e esteve representado no estádio pelo técnico Josep Guardiola.
Valencia, Gibson e o brasileiro Anderson, duas vezes, marcaram para os donos da casa, enquanto Jurado diminuiu para os azuis-reais, que se despedem com campanha inédita e que irá orgulhar a cidade de Gelsenkirchen. Os tricampeões, por sua vez, reencontrarão os catalães após terem perdido a final de 2009, disputada em Roma, por 2 a 0. Em 2008, derrotaram o Chelsea nos pênaltis, por 6 a 5, após empate por 1 a 1 em Moscou. Em 2010, ano de exceção, caíram para o Bayern de Munique, nas quartas de final.
O técnico Alex Ferguson estava claramente pensando em outro time de azul quando anunciou a escalação somente com quatro titulares: Van der Sar, Valencia, Rafael e Nani – os dois últimos ainda revezaram na posição recentemente com Fábio e Park. No domingo, às 12h10m (de Brasília), o líder do Campeonato Inglês recebe o Chelsea, no mesmo Old Trafford, em duelo decisivo na briga pelo título – a diferença é de atualmente três pontos (73 a 70) a três rodadas do fim. O GLOBOESPORTE.COM acompanhará em Tempo Real.
Enquanto isso, na Bundesliga, o Schalke, 10º colocado, apenas cumpre tabela diante do Mainz, no sábado, às 10h30m, pela 33ª e penúltima rodada..
Enganou-se, no entanto, quem imaginou um primeiro tempo morno com a quantidade de reservas em campo. Os sete suplentes do Manchester tinham serviço para mostrar e não faziam a menor questão, é claro, de decepcionar a torcida que lotou e abrilhantou o chamado “Teatro dos Sonhos” com um mosaico antes do apito inicial. E foi principalmente graças a um dos “encostados” que os Diabos Vermelhos desceram para o vestiário ainda com maior vantagem no placar agregado.
Aos 25, quando o Schalke havia assustado apenas uma vez, com Farfán, veio o primeiro ato. Jurado errou passe bobo no meio-campo e a bola sobrou para Gibson. Como Giggs, ele deixou o equatoriano Valencia na cara do gol. Neuer, dessa vez, não fez os milagres da partida de ida: 1 a 0. O passe chamou a atenção do zagueiro Rio Ferdinand, que comentou o lance em seu perfil no Twitter já aquecendo a rivalidade com o finalista Barcelona:
– Se fosse o Iniesta que tivesse passado essa bola as pessoas já estariam babando – disse Ferdinand.
Maior artilheiro da história da Liga dos Campeões, com 71 gols, Raúl tentou responder logo em seguida, com uma cabeçada, mas foi o Manchester que aproveitou melhor sua segunda ótima chance e ampliou aos 31. Anderson recebeu lateral de Rafael e fez o pivô para Valencia. O equatoriano devolveu o presente para Gibson, que chutou no meio do gol. Neuer falhou feio e só fez crescer os rumores e brincadeiras de que fora negociado após o jogo em Gelsenkirchen
O Schalke viu suas esperanças aumentarem um pouco após justamente diminuirem.Aos 33, Smalling saiu jogando errado, e a bola sobrou com Uchida. O japonês cruzou e, após nova rebatida, Jurado pegou de primeira e anotou um belo gol.
O jogo era quente e o Manchester por muito pouco não voltou a marcar. Logo em seguida, aos 34, Valencia recebeu de Anderson na grande área e chamou Neuer para dançar. Ele limpou o goleiro e chutou rasteiro, mas Höwedes salvou em cima da linha
Anderson rouba a cena e faz dois
Com vantagem praticamente irremediável – àquela altura os alemães precisavam de três gols e haviam finalizado apenas cinco vezes –, os ingleses cozinharam o jogo no segundo tempo. A facilidade era tamanha que encontraram espaço para assustar Neuer, em lindo chute de Anderson, aos 10 minutos, salvo na ponta dos dedos pelo goleiro.
O brasileiro, um dos reservas em campo, voltaria a aparecer. E muito bem. Aos 27, Nani criou bom contra-ataque e achou o meio-campista livre na área. Ele errou o domínio, mas se recuperou e bateu forte. Anderson parecia inspirado e fez o seu segundo pouco depois. Aos 31, em mais um contra-ataque mortal, Berbatov entrou livre pela direita e só rolou para o brasileiro completar com o gol praticamente vazio.
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