- o nome do jogoRafinhaAos 19 anos, franzino, mas
muito rápido: o atacante fez um e participou dos outros três gols em seu primeiro clássico pelos profissionais - golaçosbombasCleber Santana e Dakson marcaram gols em chutes a, respectivamente, 127km/h e 105km/h. Rafinha também contribuiu para as pinturas.
- deu erradomarcaçãoO sistema defensivo, que já se mostrara frágil em jogos contra pequenos, apresentou buracos e falhou muito na marcação contra o Flamengo.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Coube a um jovem de 19 anos ser o protagonista em seu primeiro clássico entre os profissionais. Veloz, Rafinha mostrou que também tem estrela: além de marcar seu primeiro gol pelo Flamengo, infernizou a defesa adversária e contribuiu para a vitória por 4 a 2 sobre o Vasco, na noite desta quinta-feira, no Engenhão. Nixon, de peito, Cleber Santana, numa pancada no ângulo, e Hernane também marcaram. Pedro Ken e Dakson, também em uma bomba de fora da área, descontaram para um time que ofereceu espaço demais em sua defesa.
- É uma emoção muito grande. Como já disse muitas vezes, muitos falaram que eu não ia conseguir, que não ia chegar por causa do meu tamanho, do porte físico. E, se Deus quiser, matando um leão por dia, vou derrubar muito mais aí - vibrou Rafinha, na saída de campo.
O Vasco, que tinha a melhor campanha do Carioca, teve seu primeiro grande desafio no ano e só conseguiu ser superior quando o adversário tinha como objetivo administrar a vantagem. Gaúcho promoveu a estreia de Tenorio, que entrou no lugar de Leonardo no segundo tempo, mas de pouco adiantou. A partida teve 12.423 pagantes (15.669 presentes), o maior público até agora do campeonato, e renda de R$ 403.545.
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- Ninguém quer perder um clássico, mas isso é futebol. Acho que o Vasco não jogou mal, mas no futebol você é cobrado pelos erros. Estou tranquilo. O mais importante é que o time está bem, ninguém saiu machucado. Estamos tranquilos, vamos esquecer e pensar à frente - ponderou Tenorio.
Com a vitória, o Flamengo somou dez pontos, passou a ter a melhor campanha do Carioca e assumiu a liderança do Grupo B. Na próxima rodada, recebe o Nova Iguaçu no domingo, às 17h (de Brasília), no Engenhão. Já o Vasco perdeu os 100% de aproveitamento, mas segue em primeiro lugar do Grupo A, com nove pontos. Enfrenta agora o Bangu, no domingo, às 19h30m, em São Januário.
O nome do jogo: Rafinha comemora o seu gol, o quarto do Flamengo (Foto: Bruno Turano / Ag. Estado)
Falhas de marcação, muitos espaços e três gols
Sonolento na marcação, o Vasco começou o jogo dando muito espaço e defendendo com menos homens do que o Flamengo atacava. Mas as muitas opções de jogadores, em alguns lances, atrapalharam os rubro-negros, que batiam cabeça e desperdiçavam a vantagem numérica. Aos poucos, o ataque foi se acertando: com frequentes inversões entre Rafinha e Nixon nos lados do campo, o Fla começou a assustar e logo encontrou seu gol. Ibson conseguiu liberdade pelo meio ao driblar Jhon Cley e deu um bolão para Rafinha, que fugiu da marcação de Abuda. O atacante dividiu com o goleiro Alessandro, e a bola sobrou limpa para Hernane só empurrar para o gol vazio, aos 24 minutos.
Ao se lançar ao ataque e sem ter um primeiro volante de muita marcação, o Vasco pagou caro mais uma vez pelos vários buracos na defesa - e não há Dedé que dê jeito. Seis minutos depois, em contra-ataque armado por Ibson, Elias tabelou com Rafinha e cruzou na medida para Nixon escorar com o peito para a rede. Pedro Ken, que falhou ao não acompanhar Nixon no segundo gol, redimiu-se e recolocou o Cruz-Maltino no jogo. Bernardo cobrou falta cometida por Ibson na direita, e o volante aproveitou o erro do Fla: sem ser marcado em momento algum, entrou pelo meio da área e subiu livre para fazer o seu primeiro gol pelo Vasco.
A bola aérea, aliás, foi a melhor arma do Vasco, que antes só havia conseguido assustar o adversário numa falha de Renato Santos, que deixou Leonardo na cara do gol - González impediu o chute. O empatou quase veio em dois cruzamentos. No primeiro, a zaga cortou mal, e a bola ficou pingando na pequena área. No segundo, Wendel cabeceou à queima-roupa, mas Felipe defendeu no susto. A velocidade de Eder Luis também foi uma ótima opção na direita, mas o sistema de cobertura do Fla impediu que o atacante passasse por todos os marcadores.
Dedé teve atuação abaixo da média no clássico (Foto: Jorge William / Ag. O Globo)
Rafinha chama o jogo, e golaços saem de cada lado
Na volta do intervalo, as duas equipes mexeram: Dorival Júnior abandonou o esquema com três atacantes e entrou com Cleber Santana no lugar de Nixon. Já Gaúcho manteve o 4-4-2, mas trocou um apagado Jhon Cley por Dakson. Mas a substituição que fez efeito foi a rubro-negra. Após grande jogada de Rafinha, que passou por Abuda, tirou Dedé e rolou para o meio, Cleber Santana pegou de primeira, de três dedos, e acertou uma bomba a 127km/h no ângulo. Um golaço. A alteração cruz-maltina teve sua chance logo depois, mas desperdiçou: Dakson chutou por cima de um gol aberto após bobeada de Felipe.
Gaúcho, então, chamou Tenorio. O equatoriano, que ainda não está no melhor de sua condição física, entrou no lugar de Leonardo e melhorou o Vasco. Em dois chutes, pôs Felipe para trabalhar. Preocupado, Dorival colocou Renato Abreu no lugar de Ibson para melhorar a marcação, e o Fla seguiu impiedoso nos contra-ataques com o veloz Rafinha. Aos 19 minutos, ele pegou a bola no meio de campo, percorreu 53m, deixando André Ribeiro e Dedé na saudade e batendo no cantinho esquerdo de Alessandro.
O destaque do jogo cansou e saiu para a entrada de Thomás, aos 23 minutos. E o Flamengo parou. Quatro minutos depois, Dakson mostrou que também sabe fazer golaço: soltou uma pancada a 105km/h, do lado direito, e acertou o ângulo. Foi seu primeiro gol pelo Vasco, que foi para cima, mas esbarrou em Felipe e na trave. A reação parou por aí, apesar de chance clara com Eder Luis e uma bola na trave de André Ribeiro
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