Depois de um domingo intenso, recheado de encontros com dirigentes de Palmeiras e Flamengo, Roberto Assis, irmão e procurador de Ronaldinho, viveu uma segunda-feira de isolamento. O empresário já está ciente das propostas quem tem e tratou de se calar ao longo do dia. Assis viajou a Florianópolis, onde Ronaldinho já estava desde a noite de domingo, para se juntar a ele.
Ainda no domingo, o Palmeiras voltou com forças às negociações. Os valores oferecidos pelo Verdão (veja a tabela abaixo) são, a princípio, os mais altos. Assis, entretanto, pediu garantias de que os pagamentos serão honrados. A proposta do Flamengo é ligeiramente mais baixa, porém com garantias mais firmes. A do Grêmio, até o momento, é de longe a menor, conforme o próprio empresário já vinha alertando nos últimos dias.
Não era segredo para ninguém que Assis deixaria o Rio de Janeiro nesta segunda-feira. Ao longo do dia, cogitou-se que ele poderia se reunir com representantes do Palmeiras, em São Paulo, ou do Grêmio, em Porto Alegre. Porém, nada disso aconteceu.
Três posturas diferentes
Palmeiras e Flamengo seguem muito otimistas num desfecho feliz para a novela. No clube carioca, não houve pronunciamentos oficiais a respeito do assunto. No Verdão, Roberto Tadeu, empresário designado para apresentar a proposta, não mostrou preocupação por não ter uma previsão de quando vai receber uma resposta, positiva ou não.
- Estamos aguardando uma confirmação do Assis. Ele não deu prazo e isso é compreensível porque é uma negociação grande. Tem de ser estudado bem, pois são três grandes clubes do Brasil e mais alguns da Europa. Isso demanda tempo - disse Tadeu, em entrevista à Rádio Globo.
No Grêmio, o discurso entre os cartolas defendeu a tese de que a ausência de um negociador do clube no Rio de Janeiro não influiu negativamente no andamento das tratativas. O clube diz que vai se reunir com Assis no méximo até quarta e ainda confia que pode ter Ronaldinho de volta ao Olímpico.
- Mantínhamos contato permanente com o Assis, por telefone. Teve muita especulação. Muita boataria. O que a gente está discutindo não é pressão. É um negócio. O processo de negociação está sendo bastante tranquilo, bastante sereno. Sei que o torcedor está angustiado. Uma ida ao Rio de Janeiro não teria resolvido. Volto a dizer que não tem data limite. O Grêmio não está brincando nesta negociação. O valor que apresentamos não é baixo. É muito alto, compatível ao jogador - disse à Rádio Gaúcha o vice de futebol gremista, Antônio Vicente Martins.
Aparentemente alheio aos detalhes minuto a minuto das negociações, Ronaldinho Gaúcho aproveita cada momento de "folga" em Florianópolis. Ele, que varou a madrugada em casas noturnas da capital catarinense, aproveitou a tarde desta segunda para curtir a praia de Jurerê.
Molho inglês
Para dar um tempero a mais na reta final da novela, as propostas do exterior por Ronaldinho também não param de pipocar. Ele, que no fim de semana já tinha ofertas do Paris Saint-Germain, do futebol turco e também de um clube da Espanha, agora está na mira do Blackburn.
O clube inglês chegou a desmentir na manhã desta segunda que tivesse entrado na briga pelo craque dentuço, mas admitiu, na parte da tarde, que formalizou sua oferta. Segundo é noticiado na imprensa europeia, o Blackburn estaria disposto a pagar o equivalente a R$ 1,35 milhão por mês a Ronaldinho.
Por fim, uma parte muito importante na negociação segue no aguardo do fim da novela. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Adriano Galliani, vice-presidente do Milan, garantiu que não volta para a Itália antes de resolver o assunto Ronaldinho. Galliani está no Rio de Janeiro desde antes do Natal.
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