O Flamengo passou o dia observando o chamado Dia D do Grêmio. O clube carioca não se surpreendeu com as ações desta sexta-feira. Dirigentes rubro-negros tiveram diversas reuniões internas e mantiveram contatos telefônicos com o empresário e irmão do atleta, Roberto Assis, até o início da noite - quando foi acertado um encontro. Às 21h30m, a presidente Patricia Amorim, acompanhada de outros dirigentes, chegou na casa de Assis, na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com o objetivo de sacramentar a negociação com o atleta. Às 23h20m, a mandatária deixou o apartamento sorrindo muito e se dizendo muito animada e confiante:
- As conversas avançaram muito hoje. Mas só quem pode liberar o jogador é o Milan. Amanhã à tarde teremos uma reunião na casa do Adriano Gallliani (diretor do Milan) para tentar resolver tudo. A princípio o Assis vai ficar aqui no Rio de Janeiro - disse Patricia, antes de deixar o local acenando positivamente para a imprensa.
Além da presidente, estiveram na casa Assis o diretor de futebol Luiz Augusto Veloso; o marido de Patricia, Fernando Sihman; o diretor da Traffic, Fernando Gonçalves; e o diretor de marketing do Flamengo, Harrison Baptista. Um pequeno grupo de torcedores do Flamengo, percebendo a grande movimentação no local, também esteve presente em frente ao apartamento de empresário. Aos gritos de “já é nosso”, a confiança era grande no acerto com o jogador.
Luiz Augusto Veloso deixou o prédio minutos depois de Patrícia Amorim e preferiu não se pronunciar. No entanto, o dirigente confirmou que Ronaldinho está no Rio de Janeiro.
Antes da reunião, o otimismo rubro-negro já era muito grande. Tinha partido de uma intervenção exatamente de Galliani, que teria recomendado a proposta rubro-negra como "a melhor". Galliani é parte interessada - pois apenas Flamengo e Palmeiras teriam feito ofertas razoáveis para ressarcir o clube italiano. A oferta do Grêmio, segundo um dirigente rubro-negro, seria "muito baixa". O Flamengo teria se oferecido para pagar € 3 milhões (R$ 6,18 milhões).
Na análise da cúpula rubro-negra, o Grêmio estaria "forçando a barra" ao anunciar festa e acerto. Assis também teria dito ao Flamengo que a discussão de cláusulas contratuais com o Grêmio “não queria dizer nada”. Ele teria segundo informações dos cartolas rubro-negros, ficado incomodado com a entrevista do presidente do Tricolor gaúcho, Paulo Odone, quarta-feira, confirmando um acerto. A fonte rubro-negra cita que o documento registrado em cartório pelo Grêmio nada mais era do que uma tentativa frustrada de dar as garantias que o condutor da negociação havia exigido até 14h de quinta-feira.
De toda forma, o Flamengo aumentou a proposta direta a Ronaldinho em R$ 200 mil. Com a nova movimentação, o valor bruto do salário – que independe de ações de marketing – igualou-se ao do Palmeiras. Os cariocas seguem assegurando que a proposta gremista é muito inferior financeiramente às demais.
Outro detalhe revelado e prometido a Ronaldinho é relacionado à Traffic, principal parceira rubro-negra no negócio. A empresa garantiu que vai montar um escritório no Rio de Janeiro exclusivamente para tratar da imagem do astro.
Uma das exigências para o acerto foi um camarote exclusivo para a família Assis Moreira no Engenhão. Atualmente, a Batavo, patrocinadora do clube, é a única que tem tal benefício. Entretanto, como o contrato com a empresa de laticínios termina no fim de janeiro, o espaço ficará vago.
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