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O jogador foi artilheiro do Campeonato Paulista de juniores em 2002. Paulo Campos era uma espécie de coordenador da base e técnico do Palmeiras B - que disputa divisões de acesso do Paulistão e escala jogadores vindos da base e contratados de clubes menores, para ganhar experiência.- Peguei o Vagner Love nos juvenis do Palmeiras e o levei para o time profissional. Ele me chama de pai. Vou presenteá-lo com a camisa do Resende nesse jogo. É uma felicidade muito grande ver aonde ele chegou. Tudo acontece de maneira linda na minha vida - relatou o treinador, que elogiou seu ex-pupilo. - As pessoas gostam demais dele. Na Rússia era assim, no Flamengo é assim.
Campos e Love prometem presentear um ao outro com camisa neste sábado (Foto: Globoesporte.com)
Ao saber dos elogios e da promessa do presente de Paulo Campos, o camisa 99 do Flamengo se mostrou feliz. Afirmou que, com o tempo que passou na Rússia, perdeu contato com o treinador do Resende, mas que a relação dos dois é especial. Love lembrou sua estreia pelo time B do Palmeiras e ainda fez uma promessa.- Tinha apenas 17 anos, e o resto do time era formado por jogadores experientes que não estavam tendo oportunidade. Mesmo eu sendo um garoto, o Paulo me deu muita confiança e lembro que fiz dois gols. Isso fez com que eu crescesse. No ano seguinte, já estava no time principal do Palmeiras. Será um prazer reencontrá-lo no sábado e dar a minha camisa para ele - afirmou o jogador.
Técnico do Palmeiras em 2003, Picerni exalta Love
Treinador do time principal do Palmeiras em 2003, Jair Picerni, hoje no União São João-SP, relembra o episódio da reformulação total pela qual o time passou. Segundo ele, foi nesse processo que Love conseguiu a vaga nos profissionais. Uma goleada por 7 a 2 para o Vitória foi o estopim para as mudanças no futebol do Verdão, que enfrentava problemas financeiros.
- Conversamos com o presidente e vimos que tudo tinha que mudar. Decidimos subir oito juniores, que eram muito bons, das categorias de base da Seleção Brasileira, como o Love, o Gláuber (hoje no Rapid Bucareste-ROM) e o Alceu (no Marília-SP). Foi uma reviravolta total: saíram atletas experientes, como o Zinho. Fizemos uma campanha espetacular na Série B de 2003 e subimos.
Picerni destaca a dedicação de Love nos treinamentos, mas conta que a diretoria quase o mandou embora por conta de atrasos e de um episódio em que o atleta levou uma mulher para a concentração.
- Era um garoto determinado. Em campo, sempre foi nota dez, sempre foi muito forte. Ele teve uns problemas na Copa Brasil. O Palmeiras queria até mandá-lo embora. Eu não deixei e falei: "Vocês estão malucos?".
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