Quando decidiu voltar ao Brasil e vestir novamente a camisa do Flamengo, o atacante Vagner Love tinha em mente a chance de disputar mais uma vez a Taça Libertadores com o Rubro-Negro. Mesmo fora da partida contra o Lanús, nesta quarta-feira, o ídolo demonstrou estar confiante para escrever um novo capítulo na competição continental. Um dos jogadores presentes na eliminação precoce para a Universidad de Chile, em 2010, Love pediu paciência aos torcedores, mas disse ter determinação e um time forte à sua volta para buscar o segundo título do clube (assista ao vídeo).
- O Flamengo tem um elenco muito bom. Na minha opinião, é um dos melhores do Brasil. É um time competitivo que sempre vai entrar para dar o máximo, garra e determinação não vão faltar. Vamos fazer de tudo para ganhar essa Libertadores, se não der agora, peço aos torcedores paciência, mas a gente sempre vai tentar fazer o nosso máximo, se desdobrar para conquistar a Libertadores - disse o atacante em entrevista ao "SporTV News".
Na primeira e última vez em que disputou a Taça Libertadores com o Flamengo, em 2010, Vagner Love chegou a marcar o segundo gol na vitória por 2 a 1 sobre o Universidad de Chile, pelo jogo de volta das quartas de final. O terceiro tento, que classificaria o Rubro-Negro, no entanto, ficou faltando, e os chilenos selaram a eliminação do time carioca por terem vencido a primeira partida por 3 a 2, no Maracanã.
Rotulado com a alcunha de "Atacante do Amor", Love aposta justamente em sua paixão pelo Flamengo para buscar títulos e, principalmente, gols. Na entrevista a seguir, o ídolo rubro-negro reafirmou o seu apreço pelo clube carioca, explicou o apelido, comentou seu início de carreira e falou sobre as chances de defender a Seleção Brasileira.
Há realmente uma relação de amor entre você e o Flamengo?
É um amor muito grande que eu tenho pelo Flamengo, pela torcida, por todos que trabalham em prol do clube. É um prazer muito grande estar retornando após uma passagem em 2010 de seis meses. Agora tenho quatro anos para conseguir títulos e colocar o Flamengo sempre no topo.
Por que essa vontade tão grande de voltar?
Primeiro, pela identificação que eu tive com o grupo que eu trabalhei, com a torcida, pelo jeito que eu fui tratado no Flamengo. Claro, como jogador profissional eu queria voltar para o Brasil, a vontade era essa, mas, em especial, era voltar para o Flamengo.
Foi bom trocar o inverno russo pelo verão do Rio?
Claro, eu prefiro estar neste calor de 40 graus. Mas eu passei sete anos e meio na Rússia, foi um prazer muito grande ter jogado lá, consegui títulos importantes, deixei uma porta aberta lá, mas eu prefiro mil vezes esse sol de 40 graus.
Com esse elenco, dá para conquistar a Libertadores, ou precisa de mais contratações?
Flamengo tem um elenco muito bom, na minha opinião, um dos melhores do Brasil. É um time competitivo que sempre vai entrar para dar o máximo, garra e determinação não vão faltar. Vamos fazer de tudo para ganhar essa Libertadores, se não der agora, peço aos torcedores paciência, mas a gente sempre vai tentar fazer o nosso máximo, se desdobrar para conquistar a Libertadores.
Como começou a sua história com o futebol?
Comecei novinho, com cinco anos, futebol de rua, sempre com meninos mais velhos. Minha mãe sempre falava "Tem que atravessar a rua", e eu pedia aos mais velhos para ir lá em casa e pedir à minha mãe para me "atravessar a rua" para eu pode ir jogar também. Sempre rodava os campinhos de Bangu. Comecei na escolinha aos oito anos no Bangu. Fui para o salão primeiro, mas fiquei cinco ou seis meses e não curti muito, e já parti para o campo. Foi ali que passei a gostar mais. Fui para o Campo Grande, depois fui para São Paulo. Mas foi no Palmeiras mesmo que eu comecei, foi lá onde me abriram as portas para eu jogar no profissional e aparecer para o futebol brasileiro e mundial.
Foi no Palmeiras que você virou o Vagner Love?
É uma história antiga, que todo mundo já sabe, as pessoas estão até cansadas de ouvir essa história de eu ter levado mulher para a concentração. Foi uma coisa muito errada que eu fiz na época, me arrependo, mas acabou dando certo. Não recomendo ao jogador que está começando fazer isso, mas Love só tem um. Se eu pudesse voltar no passado não faria isso. Se algum garoto quiser fazer isso pode dar errado e não do mesmo jeito que aconteceu comigo.
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Como você planeja a volta para a Seleção?
É algo que passa pela cabeça com certeza, de qualquer jogador. Quero voltar, mas para isso eu preciso fazer um bom trabalho no Flamengo, fazer gols, ganhar títulos, para que assim eu possa disputar a Copa de 2014 aqui no Brasil.
Um treinador?
Jair Picerni, que foi um cara que me ensinou bastante coisa.
Um jogador?
Não tem um só não. Vou dizer os caras que eu sou muito fã, o Romário, Ronaldinho Gaúcho, que hoje está aqui, Ronaldo e Zico, que não pude jogar junto, mas convivi e pude trabalhar com ele quando ele foi treinador
Um gol?
O da Copa da Uefa, o terceiro do jogo.
Uma qualidade do Love?
Tenho muito amor para dar, é só Love.
Um defeito?
Às vezes não consigo dizer não às pessoas.
Um sonho?
Copa do Mundo.
Para quem você gostaria de dominar e tocar?
Já estou dominando e tocando para o Ronaldinho.
Quem é o Vagner Love?
É um cara emotivo que tenta sempre estar com um sorriso no rosto.
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