A saída de Zico do cargo de diretor de futebol trouxe prejuízos ao Flamengo. Não só à imagem do clube, mas também em relação a alguns projetos. Prioridade do ídolo, o crescimento do CT de Vargem Grande teve sua fonte de renda atrasada, justamente por conta do envolvimento dele. Ainda assim, a ideia sairá do papel em evento no dia 28, quinta-feira da semana que vem. A previsão inicial era de lançamento no fim de setembro.
A campanha, batizada de "Abrace o CT", ganhou popularidade entre os torcedores, que terão de pagar R$ 250 cada para ter cada um dos tijolos personalizados que serão utilizados na obra. O primeiro lote terá 15 mil deles e, ao todo, deverão ser 23 mil, totalizando cerca de R$ 5 milhões de arrecadação, um quarto do que é considerado necessário para todos os ajustes no Ninho do Urubu, ainda com a estrutura precária para atender a base e os profissionais.
O problema é que já houve boicote em sites de relacionamento na internet com rubro-negros pedindo que ninguém participe do projeto, em razão do adeus de seu principal incentivador. Isso não preocupa tanto a diretoria, segundo o vice de marketing, Henrique Brandão.
- É uma campanha da torcida do Flamengo, que tem 33 milhões de amantes. Foi uma minoria que reclamou, mas isso já passou. Temos plena confiança no sucesso dela, mesmo sem um garoto-propaganda, que não é tão necessário. E não descartamos que o Zico ajude no que ele puder. Só não é um projeto pessoal dele - esclareceu.
Sobre o assunto, Zico ressaltou que até manteria seu envolvimento com uma condição: que a verba acumulada não passe pelos cofres do clube.
- Não conversei com ninguém desde que saí do clube. Para eu participar de qualquer campanha teria que ser de fora pra dentro, com verba carimbada, sem passar por ninguém de lá, pois perdi a confiança em algumas pessoas que estão no clube. A torcida tem o direito de se manifestar e acredito que ela vai apoiar se sentir que a ajuda dela é direta para o CT - afirmou Zico, por e-mail.
Patrocínio à vista
Outra fonte de renda do CT tem tudo para ser anunciada em novembro. Em negociação para estampar sua marca no número da camisa do Fla desde junho, a empresa de telefonia móvel Tim já acertou os detalhes do contrato com o Rubro-Negro e só depende da aprovação do Conselho Deliberativo, que verá os documentos também na próxima semana. Um entrave que havia já está fora do caminho: a Batavo, principal nome no manto, não seguirá.
O acordo com a nova parceira deve render em torno de R$ 2 milhões, revertidos para a obra. A duração será de um ano. Vale lembrar que o vínculo com o BMG foi renovado para as mangas e o clube está à procura de um novo patrocínio master.
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