Guardar, preservar e contar para todo mundo. A história do Flamengo vai ter uma casa dentro de um ano. No dia seguinte ao 115º aniversário do clube, a diretoria lançou a pedra fundamental do museu destinado a relembrar as glórias do Rubro-Negro. Nesta terça-feira, foi dado o primeiro passo para a execução da obra, na sede da Gávea. O projeto, enfim, sai do papel. A previsão inicial, feita em junho de 2008, era de inauguração do espaço em 15 de novembro deste ano. Entretanto, segundo o departamento de marketing, o projeto teve de ser reformulado e por isso atrasou.
O museu do Flamengo deve ficar pronto em 15 de novembro de 2011, no aniversário de 116 anos. A Olympikus, parceira do clube e fornecedora de material esportivo, adiantou R$ 8 milhões de royalties, valor que será empregado no espaço. A obra tem custo previsto de R$ 6,6 milhões.
- É uma honra ser presidente do Flamengo neste momento. Só posso agradecer. Tenho ótimas expectativas para daqui a dez anos, quando essa cápsula for aberta. A mensagem principal que passamos hoje é que o Flamengo é muito grande, muito importante para nós, independentemente de momentos. Não respiramos sem o Flamengo – disse a presidente Patrícia Amorim, emocionada.
Em dois andares, o espaço de 2.500 metros quadrados vai reunir peças históricas, como o primeiro uniforme da equipe de remo, que pertenceu a José Agostinho de Pereira de Cunha. A camisa usada por Nunes na final do Mundial de 81 será exposta, assim como a bola do jogo contra o Liverpool. A curadoria é dos jornalistas Roberto Assaf e Marcos Eduardo Neves, que trabalham há um ano no projeto e já conseguiram 30% do material desejado.
A unidade terá espaços multimídia, mostrando a trajetória do Fla e de seus craques, como Leônidas da Silva, Domingos da Guia, Zizinho, Dida, Zico, Júnior e cia. A construção servirá também para organizar de forma adequada as centenas de troféus conquistados pelo clube ao longo de sua vitoriosa história.
O museu não tratará apenas do futebol do Flamengo. As conquistas e os ídolos de outros esportes, como basquete, remo, natação, ginástica e vôlei também serão lembrados. No lançamento desta segunda, estiveram presentes os ginastas Diego e Danielle Hypolito, Jade Barbosa, Marcelinho do basquete, e os ex-jogadores Adílio e Júlio César Uri Geller. No evento desta terça foram exibidos vídeos que farão parte do acervo, com depoimentos de ex-atletas como Zico, Oscar e Virna.
Para marcar o início das obras, uma cápsula do tempo foi lacrada. Nela, estão textos jornalísticos e depoimentos de torcedores, jornalistas e de dirigentes, além de uma foto de Zico com um tijolinho do projeto “Rubro-negro para sempre”, que visa o crescimento e a modernização do CT Ninho do Urubu.
A caixa de aço escovado terá destaque no museu, de frente para a Lagoa, e será aberta apenas daqui a dez anos, quando o Flamengo completar seu 125º aniversário. Adílio colocou uma carta na cápsula nesta terça.
- É uma emoção grande fazer parte desse lançamento. No museu, o torcedor vai conhecer toda a história do Flamengo. É um sonho realizado - disse o camisa 8 do título mundial de 81.
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