7 de ago. de 2010

Esculachar Bacalhau: Tradição Rubro-Negra

Como eu sempre digo antes de pegar de jeito a nossa baranga de fé, bendito seja o vasquinho. Quando as coisas parecem estar muito cabulosas lá pros lados da Gávea Sinistra a divina providência se plasma em forma de tabela e marcam um Flamengo x bacalhau pra tudo voltar ao normal. O trauma que o Mengão causou na mulambada da camisa feiona é tão sério que caras lá na pocilga de São Janú preferem disputar outra Série B a perder mais uma pra nós. Pode até ser que disputem outra Série B, aliás, tão fazendo tudo certinho pra isso. Mas é ruim de não perder pro Flamengo, só se for em outra encarnação.




Tenho verdadeira ojeriza por esses párias, mas sou sensível (uii) o bastante para entender o desespero dos mortos de fome. Vejam a nossa imoral vantagem em confrontos diretos, nos gols marcados, nos títulos conquistados e até em mais jogadores expulsos injustamente em chrivaris campais. Comparem as trajetórias, são como paralelas que não se encontrarão jamais, coloquem ao lado do nosso magnífico Manto Sagrado o pano de chão inglório dos eternos vices e veja como ele desaparece. Escolha qualquer campo do conhecimento humano e comprove, sem necessidade de maiores análises, que não dá pro bacalhau bater de frente com o Mengão. É pra ficar putão mesmo. E eles ficam.



A grosso modo quem fecha com o certo não precisa de adjutórios de qualquer espécie para ter a consciência tranquila de nossa superioridade. Mas nesses tempos conturbados que atravessamos não faz mal algum deixar um pouco de lado nossa proverbial modéstia e, na humildade que nos caracteriza, gritar a plenos pulmões que o Mengão não toma conhecimento do vice. Já é tradição na Gávea, desde 1923 que botamos quente no lombo bacalhau imundo. O embate entre nós e eles teria tudo pra ser o símbolo de uma grande rivalidade. Mas pra isso o bacalhau precisava ter um mínimo de vergonha na cara. Porque se ao longo dos anos o suposto rival só apanha, não ganha uma e a sua pequena torcida tá sempre voltando pra casa com suas tristes bandeirinhas enroladas e escondidas sabe-se lá onde então não existe rivalidade. É só uma relação comercial desequilibrada e doentia onde o freguês (ou cliente) só se ferra. Perde a graça, claro que perde a graça. Mas, cá pra nós, quem é que torce por algum time de futebol pra se divertir?



Por isso que ultimamente o Flamengo x Vasco, que já foi até chamado de Clássico dos Milhões virou mais uma peladinha como tantas outras. O jogo geralmente é ruim, com o Mengão atacando e os viceínos se defendendo como podem na base do bumba-meu-boi. Concordo que anda um bocado repetitivo. Particularmente me divirto à beça vendo aquele monte de mané saindo mais cedo do Maraca pra não ser zoado na condução pelas hordas flamengas que sempre são predominantes, hegemônicas e no mais das vezes, vencedoras. Domingo vamos cantar de novo o velho hit: Olha, olha a força indo embora!!



O mais legal de enfrentar os maiores vices do país (só perdem pro Boi Garantido meridional que é pentavice) é que os doentes tecem teorias sensacionais para explicar as suas intermináveis derrotas. Logo depois do TETRA TRI (valeu Hélton!) o núcleo de inteligência vascaína concluiu que o Flamengo só ganhava deles quando tínhamos uma equipe tecnicamente inferior a deles. Aí nos últimos 2 anos, em que eles andavam com a lama da subalternalidade da Série B até o pescoço e tinham um time que até o Ray Charles podia ver que era pior que o do Fuderoso da Gávea eles tiveram a certeza que a escrita ia acabar. Sabem o que aconteceu, né? Eles ganharam mais uma chapuletada na ideia pra deixarem de ser otários.



Agora mudou tudo de novo, pelo menos nas mentes enlouquecidas dos viceínos. Eles acham que montaram um timaço ao fazerem um catadão com refugos de origens das mais duvidosas. Só podem estar de sacanagem com a nossa cara quando enchem a boca pra falar em Zé Boteco, Felipe Sangue Ruim e um outro seiláquenzinho que veio do Atrético (tanto faz se é mineiro, paranaense ou goiano). Não entendo como deixaram o Dôdoping fora desse time, tá faltando alguém ai pra levar aquele cafezinho esperto que ele aprendeu a fazer lá em Soldado Severiano. Pô, o vasquinho não vai aprender nunca? Futebol é pra ser jogado na bola. Pegou mal demais essa escalação aí. Tentar matar o adversário de rir é uma atitude antidesportiva.



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